FGERJ - Federação

Psicólogo do Rio apresenta trabalho no Congresso

João Alberto, psicólogo do Projeto Rio, apresentou seu trabalho de Psicologia aplicada ao golfe no I Congresso Internacional de Golfe do Brasil, que foi realizado entre os dias 8 e 12 de abril, em Foz do Iguaçu.

Confira o artigo do Psicólogo:

A CIÊNCIA DA PSICOLOGIA ESPORTIVA E SUAS RELAÇÕES COM O CÓRTE EPISTEMOLÓGICO NO TREINAMENTO DO ATLETA DE GOLFE

O propósito deste trabalho é apresentar um sumário dos princípios da psicologia esportiva aplicada a uma equipe de atletas juvenis e juniors, pertencente ao PROJETO-RIO, sob a Direção da FGERJ- Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro.

Uma metodologia de trabalho psicológico foi implantado nas seguintes etapas: avaliação, diagnóstico e preparação psicológica.

Com a avaliação e o diagnóstico psicológico, foi levantado um perfil comportamental de cada atleta, com o fim conhecer seu modo de pensar, sentir e se comportar em relação ao contexto esportivo ( treinamento e competição), como também, a sua forma de relacionar-se com os companheiros de equipe. E, em seguida, foi planejado uma metodologia de preparação psicológica para o grupo.

Como a execução do trabalho psicológico está relacionado aos objetivos técnico-táticos do treinador, foi considerado, junto com os outros membros da comissão técnica, a importância do estabelecimento de metas esportivas ( fase de preparação para a competição e adaptação ao estresse), dentro das finalidades instituídas para esse fim. Estas se traduziram em três partes: meta de resultado, meta de desempenho e meta de processo.Todas baseadas no princípio da “superação de limites”, aplicadas, atualmente, nos treinamentos da maioria dos atletas olímpicos.

O treinamento do golfista não se revela, apenas, ao trabalho de aperfeiçoamento técnico e da prática agonística nos treinamentos e competições oficiais. Assenta-se, principalmente, nas metas acima descritas, apoiado na visão que o treinamento esportivo deve se aproximar, cada vez mais, da “simulação do real”. Quanto mais o atleta treina sob as condições de estresse competitivo, maior resistência cognitiva-emocional terá nos enfrentamentos das lides esportivas ( entra aqui uma” nova visão de treinamento” do atleta de golfe (new look in perception), o que chamo de um “corte epistemológico” ou um corte do conhecimento).

A meta de resultado envolve um grande número de atletas com a idéia fíxa de vencer ou vencer – um motivo muito particular da natureza agonística do homem e da mulher em função da sua própria filogenia.. O que prevalece nessa experiência é a motivação para triunfar. Mas, isto só, não basta, apesar de ser necessária e um fim em sí. É preciso, antes de tudo, competência para ganhar. E essa condição, sòmente, pode ser adquirida com a prática repetitiva das habilidades técnicas, no sentido de atingir as metas consideradas e a ultrapassar outras que forem estimadas.

A meta de desempenho é aplicada em treinamentos esportivos, com o intuito específico de conduzir o atleta no alcance da superação de seus limites técnicos, físicos e psicológicos. A proporção que o atleta vai alcançando os seus fins de curto prazo, outros vão sendo firmados, até que ele possa alcançar o objetivo final de longo prazo : domínio automático do conhecimento técnico (ASC-estado alternativo de consciência) e auto-eficácia nos desempenhos agonísticos.

No golfe, o atleta não precisa se preocupar muito com o adversário, mas, apenas, relativamente. O que importa, mesmo, é centralizar-se na atenção da ocorrência do seu jogo específico . Seu oponente expressivo é o campo (stroke play) e mesmo no match play, competindo com um outro, seu nível de motivação competitiva pode crescer mais fortemente, mas o campo continua sendo o seu maior rival.

A meta de processo é um coadjuvante reforçador nas metas de desempenho. Relaciona-se, basicamente, no aperfeiçoamento das habilidades técnicas do atleta pelo treinador, fortalecendo, mais ainda, os seus níveis biomecânicos de desenvolvimento técnico e proporcionando vital condição de performance atlética.

O treinamento de metas se baseia dentro de um princípio de tratamento estatístico, tornando a preparação esportiva mais estressante e motivante, em função do atleta estar sendo, constantemente, desafiado em galgar e ultrapassar os seus limites e que servirá para o mesmo como uma condição de adaptação ao estresse: veículo básico para a fortificação do competidor na sua resistência emocional frente aos grandes obstáculos competitivos.

Portanto, podemos afirmar que na meta de resultado, não basta o desportista querer vencer por vencer, pois isto vai depender, essencialmente, da sua competência, e esta só será obtida no treinamento fundamentado nas metas de desempenho e de processo. Sem essas estratégias, o atleta não vai chegar às vitórias, salvo, por mera circunstância do acaso.

É essencial assinalar que antes da implementação das metas, deve ser realizado o LBL-levantamento de base livre do atleta, juntamente com o Questionário JAB de Pesquisa no Golfe, a fim de se ter o conhecimento real da condição técnico-psicológica de cada atleta em relação à eficiência das sua habilidades psicomotoras : swing, putts, green in regulation, sair das bancas e das árvores, não cair na água e no rough e etc.. A partir dessas informações, as metas serão ordenadas e executadas, tendo como ponto de referência primordial os desempenhos nos treinamentos e torneios oficiais. Nesse caso, teremos em gráficos o controle de desempenho do atleta, reunindo os erros e acertos. Com relação aos desacertos, serão introduzidos metas e sub-metas de treinamentos psico-técnicos, para a correção e melhoria da eficácia das habilidades das tacadas, especialmente, nos locais do campo em que o atleta encontrou maiores dificuldades e problemas mais freqüentes.

A preparação psicológica passa, nesse momento, a ser o grande instrumento para reduzir os níveis de estresse resultantes das exigências de cumprimento de metas. O atleta começa a desenvolver a prática de técnicas psicológicas como treinamento psicotônico e treinamento global mixto (relaxamento corporal com ou sem gatilho), ensaio de imagens (mentalização de habilidades técnicas e adaptação aos ambientes competitivos)), diálogo interno positivo (uso de auto-reforço positivo e controle mental), concentração geral, foco de atenção na tarefa e a fixação de uma rotina pré-tarefa, indispensável, na manutenção do estado ótimo de prontidão para a emulação ( formas de manter o foco de atenção ou refocalização na tarefa e manutenção da auto-confiança).

Com o condicionamento psicológico automatizado, o atleta adquire as condições de suportar o estresse exigido nos treinamentos e competições, desenvolvendo eficiente controle ansiogênico, formas de pensar positivamente, menos distratibilidade e um forte poder de auto-confiança. Nessas condições psicológicas, o atleta atingirá e assegurará uma poderosa motivação para superar firmemente as suas fronteiras técnicas, alcançar seus triunfos e conscientizar-se, sobretudo, que o céu é o limite.

João Alberto Barreto
Psicólogo Clínico Esportivo
CRP-05/1225

Psicólogo do Rio apresenta trabalho no Congresso

João Alberto, psicólogo do Projeto Rio, apresentou seu trabalho de Psicologia aplicada ao golfe no I Congresso Internacional de Golfe do Brasil, que foi realizado entre os dias 8 e 12 de abril, em Foz do Iguaçu.

Confira o artigo do Psicólogo:

A CIÊNCIA DA PSICOLOGIA ESPORTIVA E SUAS RELAÇÕES COM O CÓRTE EPISTEMOLÓGICO NO TREINAMENTO DO ATLETA DE GOLFE

O propósito deste trabalho é apresentar um sumário dos princípios da psicologia esportiva aplicada a uma equipe de atletas juvenis e juniors, pertencente ao PROJETO-RIO, sob a Direção da FGERJ- Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro.

Uma metodologia de trabalho psicológico foi implantado nas seguintes etapas: avaliação, diagnóstico e preparação psicológica.

Com a avaliação e o diagnóstico psicológico, foi levantado um perfil comportamental de cada atleta, com o fim conhecer seu modo de pensar, sentir e se comportar em relação ao contexto esportivo ( treinamento e competição), como também, a sua forma de relacionar-se com os companheiros de equipe. E, em seguida, foi planejado uma metodologia de preparação psicológica para o grupo.

Como a execução do trabalho psicológico está relacionado aos objetivos técnico-táticos do treinador, foi considerado, junto com os outros membros da comissão técnica, a importância do estabelecimento de metas esportivas ( fase de preparação para a competição e adaptação ao estresse), dentro das finalidades instituídas para esse fim. Estas se traduziram em três partes: meta de resultado, meta de desempenho e meta de processo.Todas baseadas no princípio da “superação de limites”, aplicadas, atualmente, nos treinamentos da maioria dos atletas olímpicos.

O treinamento do golfista não se revela, apenas, ao trabalho de aperfeiçoamento técnico e da prática agonística nos treinamentos e competições oficiais. Assenta-se, principalmente, nas metas acima descritas, apoiado na visão que o treinamento esportivo deve se aproximar, cada vez mais, da “simulação do real”. Quanto mais o atleta treina sob as condições de estresse competitivo, maior resistência cognitiva-emocional terá nos enfrentamentos das lides esportivas ( entra aqui uma” nova visão de treinamento” do atleta de golfe (new look in perception), o que chamo de um “corte epistemológico” ou um corte do conhecimento).

A meta de resultado envolve um grande número de atletas com a idéia fíxa de vencer ou vencer – um motivo muito particular da natureza agonística do homem e da mulher em função da sua própria filogenia.. O que prevalece nessa experiência é a motivação para triunfar. Mas, isto só, não basta, apesar de ser necessária e um fim em sí. É preciso, antes de tudo, competência para ganhar. E essa condição, sòmente, pode ser adquirida com a prática repetitiva das habilidades técnicas, no sentido de atingir as metas consideradas e a ultrapassar outras que forem estimadas.

A meta de desempenho é aplicada em treinamentos esportivos, com o intuito específico de conduzir o atleta no alcance da superação de seus limites técnicos, físicos e psicológicos. A proporção que o atleta vai alcançando os seus fins de curto prazo, outros vão sendo firmados, até que ele possa alcançar o objetivo final de longo prazo : domínio automático do conhecimento técnico (ASC-estado alternativo de consciência) e auto-eficácia nos desempenhos agonísticos.

No golfe, o atleta não precisa se preocupar muito com o adversário, mas, apenas, relativamente. O que importa, mesmo, é centralizar-se na atenção da ocorrência do seu jogo específico . Seu oponente expressivo é o campo (stroke play) e mesmo no match play, competindo com um outro, seu nível de motivação competitiva pode crescer mais fortemente, mas o campo continua sendo o seu maior rival.

A meta de processo é um coadjuvante reforçador nas metas de desempenho. Relaciona-se, basicamente, no aperfeiçoamento das habilidades técnicas do atleta pelo treinador, fortalecendo, mais ainda, os seus níveis biomecânicos de desenvolvimento técnico e proporcionando vital condição de performance atlética.

O treinamento de metas se baseia dentro de um princípio de tratamento estatístico, tornando a preparação esportiva mais estressante e motivante, em função do atleta estar sendo, constantemente, desafiado em galgar e ultrapassar os seus limites e que servirá para o mesmo como uma condição de adaptação ao estresse: veículo básico para a fortificação do competidor na sua resistência emocional frente aos grandes obstáculos competitivos.

Portanto, podemos afirmar que na meta de resultado, não basta o desportista querer vencer por vencer, pois isto vai depender, essencialmente, da sua competência, e esta só será obtida no treinamento fundamentado nas metas de desempenho e de processo. Sem essas estratégias, o atleta não vai chegar às vitórias, salvo, por mera circunstância do acaso.

É essencial assinalar que antes da implementação das metas, deve ser realizado o LBL-levantamento de base livre do atleta, juntamente com o Questionário JAB de Pesquisa no Golfe, a fim de se ter o conhecimento real da condição técnico-psicológica de cada atleta em relação à eficiência das sua habilidades psicomotoras : swing, putts, green in regulation, sair das bancas e das árvores, não cair na água e no rough e etc.. A partir dessas informações, as metas serão ordenadas e executadas, tendo como ponto de referência primordial os desempenhos nos treinamentos e torneios oficiais. Nesse caso, teremos em gráficos o controle de desempenho do atleta, reunindo os erros e acertos. Com relação aos desacertos, serão introduzidos metas e sub-metas de treinamentos psico-técnicos, para a correção e melhoria da eficácia das habilidades das tacadas, especialmente, nos locais do campo em que o atleta encontrou maiores dificuldades e problemas mais freqüentes.

A preparação psicológica passa, nesse momento, a ser o grande instrumento para reduzir os níveis de estresse resultantes das exigências de cumprimento de metas. O atleta começa a desenvolver a prática de técnicas psicológicas como treinamento psicotônico e treinamento global mixto (relaxamento corporal com ou sem gatilho), ensaio de imagens (mentalização de habilidades técnicas e adaptação aos ambientes competitivos)), diálogo interno positivo (uso de auto-reforço positivo e controle mental), concentração geral, foco de atenção na tarefa e a fixação de uma rotina pré-tarefa, indispensável, na manutenção do estado ótimo de prontidão para a emulação ( formas de manter o foco de atenção ou refocalização na tarefa e manutenção da auto-confiança).

Com o condicionamento psicológico automatizado, o atleta adquire as condições de suportar o estresse exigido nos treinamentos e competições, desenvolvendo eficiente controle ansiogênico, formas de pensar positivamente, menos distratibilidade e um forte poder de auto-confiança. Nessas condições psicológicas, o atleta atingirá e assegurará uma poderosa motivação para superar firmemente as suas fronteiras técnicas, alcançar seus triunfos e conscientizar-se, sobretudo, que o céu é o limite.

João Alberto Barreto
Psicólogo Clínico Esportivo
CRP-05/1225