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MUDANÇAS NA EQUIPE DO MUNDIAL AMADOR

Portal Brasileiro do Golfe – Dia 2 de outubro

Mundial Amador: mudança na equipe brasileira

Menos de um mês antes de sua estréia no Campeonato Mundial Amador – Troféu Eisenhower -, de 24 a 31 de outubro, em Buenos Aires, na Argentina, a equipe masculina do Brasil sofreu uma importante alteração com a saída do carioca Felipe Navarro, que não poderá atender à convocação por causa de compromissos nos Estados Unidos, onde estuda, e a entrada do paulista Guilherme Oda.

O Brasil perde assim o talento de Felipe Navarro, que conquistou sua vaga na equipe vencendo dois dos quatro torneios classificatórios – os Abertos do Rio de Janeiro e São Paulo – e ficando em segundo na classificação especial para o Mundial, mas ganha Guilherme Oda, que venceu o Aberto do Paraná e é o líder do ranking brasileiro há mais de um ano.

Portal Brasileiro do Golfe – Dia 2 de outubro

Mundial Amador: Felipe Navarro diz que não pediu para sair

O carioca Felipe Navarro afirmou hoje que não pediu para deixar a equipe brasileira que vai disputar o Campeonato Mundial Amador – Troféu Eisenhower -, de 24 a 31 de outubro, em Buenos Aires, na Argentina, e sim que foi tirado da equipe a sua revelia. Apesar de ter ficado em segundo lugar nas seletivas para o torneio, Navarro foi substituído pelo paulista Guilherme Oda, número 1 do ranking brasileiro, que não estava entre os três convocados.

Navarro conta que só soube de seu desligamento dia 27 de setembro ao receber um e-mail da Confederação Brasileira de Golfe. “Devido a mudanças no planejamento para o Campeonato Mundial de 2010 na Argentina, a CBG optou por fazer alterações na equipe de jogadores que irão representar o Brasil neste evento. Assim, infelizmente, teremos que substituí-lo para esse torneio. Continuamos confiando no seu crescimento dentro de nosso esporte e esperamos poder contar com a sua presença em futuros torneios”, diz a mensagem assinada por Rachid Orra, presidente da CBG.

Versões – “Eu treinei muito para ir a esse Mundial, ganhei dois torneios, conquistei minha vaga no campo e não ia pedir para sair”, diz Felipe, que se diz revoltado com a decisão. Felipe iniciou um programa de treinamento nos EUA, mas voltou ao Brasil depois de ter sido afastado da equipe brasileira.

Segundo Rachid Orra, a decisão de trocar Felipe por Guilherme Oda foi exclusivamente técnica. “Chegamos à conclusão de que, neste momento, a melhor opção técnica para representar o Brasil no Mundial não era o Felipe”, diz o dirigente, contando que Oda foi escolhido entre outros candidatos por uma avaliação da diretoria técnica. “Acreditamos muito no potencial do Felipe e estamos certos que, em outras ocasiões, ele poderá representar o Brasil com brilho”, diz Rachid.

Portal Brasileiro do Golfe – Dia 6 de outubro

Mundial Amador: técnico brasileiro pede demissão

Um dia depois de se tornar público de que seu filho, Felipe Navarro, fora excluído da equipe brasileira que disputa o Campeonato Mundial Amador na Argentina, no final do mês, o profissional Rafael Navarro anunciou que não será mais o técnico do time do Brasil. Rafael havia assumido o cargo dia 25 de setembro, dois dias antes de seu filho ser afastado do time por “motivos técnicos”.

“Por motivos óbvios, infelizmente não serei mais o coach da equipe brasileira no Mundial”, diz Rafael, um dos maiores profissionais brasileiros de todos os tempos, integrante da equipe terceira colocada no Mundial de 1974, na República Dominicana, num ano em que Jaime Gonzales foi o campeão individual do torneio. Ricardo Rossi e Priscillo Diniz eram os outros integrantes da equipe. Resultados que o Brasil nem pensa em repetir na atualidade, nem no masculino, e muito menos no feminino, onde também já foi medalha de bronze no Mundial de 1976, em Portugal, com Elizabeth Nickhorn, Maria Alice Gonzalez e Laura dos Santos.

Vergonha – Rafael Navarro se diz profundamente preocupado com o futuro do golfe brasileiro, depois que as duas equipes brasileiras que foram ao campeonato sul-americano pré-juvenil (até 15 anos), no Uruguai, há três semanas, terminaram em décimo e último lugar, o maior vexame da história do golfe brasileiro, que nunca havia perdido ao mesmo tempo no masculino e no feminino para países com reduzida expressão no golfe internacional.

“O Brasil só perde para a Argentina em número de campos de golfe e jogadores na América do Sul”, lembra Rafael. “O que aconteceu no Campeonato Sul-americano Pré-Juvenil, representa o que será a próxima geração”, diz o profissional ganhador de 48 torneios profissionais no Brasil, incluindo o Sul America Classic, maior torneio da América Latina da época, em 1984, 1986. “Alguma coisa tem que estar muito errada”, diz Rafael, para quem “este é o retrato do descaso com o golfe competitivo nos últimos dez anos”. Para o profissional, que foi ainda o quinto colocado individual no Mundial da Austrália, em 1988, isso é “uma vergonha”.

Explicação – Vicky Whyte, vice-presidente técnica da Confederação Brasileira de Golfe (CBG) garante que Felipe Navarro não foi tirado da equipe “à revelia”, como noticiou o Portal Brasileiro do Golfe ontem, e diz que o golfista não voltou ao Brasil após ser excluído da equipe brasileira, como noticiado.

“O Felipe foi treinar nos Estados Unidos custeado pela CBG, por um mês”, conta Vicky. “Foram pedidos relatórios semanais a ele, mas depois de dez dias Felipe resolveu voltar ao Brasil sem explicações e sem ter mandado ainda nenhum relatório”, esclarece a dirigente. “O Felipe não cumpriu o treinamento técnico estabelecido pela CBG e, ao abandonar os treinos, o presidente da CBG (Rachid Orra) resolveu tirá-lo da equipe”, explica Vicky. “Esta decisão não veio da diretoria técnica”.

Vicky explicou ainda que Felipe foi informado por telefone por ela, no dia 26 de setembro, que caso ele voltasse ao Brasil antes da data combinada, que com certeza seria cortado da equipe para o Mundial. “Ele conversou comigo várias vezes por telefone naquele dia e sabia muito bem o que poderia acontecer”, diz Vicky. “A decisão foi dele”, afirma. “Ele embarcou naquele mesmo dia e está em São Paulo desde o dia 27 (data em que foi comunicado que estava fora da equipe).

Confederação Brasileira de Golfe – Dia 6 de outubro

Nota à imprensa da Confederação Brasileira de Golfe

A Confederação Brasileira de Golfe vem a público comentar sobre o recente pedido de demissão do técnico da equipe masculina de golfe que disputará o Mundial na Argentina e sobre a substituição do jogador Felipe Navarro por Guilherme Oda:

1. Felipe Navarro foi para os EUA treinar por um mês com os custos pagos pela CBG;

2. O combinado foi que o jogador enviaria relatórios semanais sobre o treinamento;

3. Depois de 10 dias nos EUA, Felipe Navarro decidiu por conta própria abandonar os treinos e voltar para o Brasil sem cumprir o cronograma estabelecido pela CBG e sem enviar os relatórios;

4. Felipe foi diversas vezes informado que seria cortado da equipe do Mundial caso retornasse ao Brasil antes da data combinada, o que de fato aconteceu no dia 27 de setembro, quando o jogador foi substituído por Guilherme Oda; Desta forma, o jogador não pode alegar que a decisão da CBG foi tomada à sua revelia, pois ele foi previamente informado das consequências que seu ato teria;

5. A CBG lamenta a decisão de Rafael Navarro, pai de Felipe, de se demitir do cargo de técnico da equipe masculina de golfe que disputará o Mundial na Argentina;

6. A CBG também lamenta e refuta as críticas que Felipe Navarro tem feito à entidade

Confederação Brasileira de Golfe