Em reunião encerrada há poucos instantes, em Berlin, na Alemanha, o comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu indicar o golfe e o rugby de 7 para as duas vagas abertas a partir dos Jogos Olímpicos de 2016. Os outros cinco pretendentes – softball, beisebol, squash, patins e caratê foram rejeitados.
Os dois esportes escolhidos pela executiva do COI precisam agora ser ratificados na assembléia geral do COI, dia 9 de outubro, em Copenhagen, quando 106 membros terão direito a voto. Mas agora que existem apenas dois candidatos para duas vagas, deve ser uma mera formalidade.
Em 2005, depois de decidir tirar o beisebol e o softball dos Jogos, os membros do plenário do COI deram bola preta para o golfe e outros quatro esportes, candidatos a substituí-los. Na época, era necessária maioria de dois-terços para a inclusão de um novo esporte. Agora a votação será por maioria simples.
O golfe foi esporte olímpico nos Jogos de Paris, em 1900, e de St. Luis, em 1904, desistindo de participar em 1908 por falta de entendimento entre ingleses e americanos sobre a forma de disputa.
“Você já imaginou aonde poderemos ir a partir de agora?”, comemora Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe. “Só por ser olímpico o golfe vai ganhar muito mais atenção e divulgação da grande imprensa, além de ter direito a verbas oficiais que vão permitir investir na formação de atletas para representar o Brasil”, diz o dirigente.
Tiger Woods e todos os profissionais de ponta do mundo participaram do lobby da candidatura do golfe, que foi comandado por um comitê da Federação Internacional de Golfe com o apoio do R&A, USGA, Augusta, PGA of America, PGA Tour, Tour Europeu, LPGA Tour e todos os outros membros da Federação Internacional de PGAs, que organiza os eventos da série mundial.
Ontem, um dia antes de decisão do COI, Woods deu a cartada decisiva ao afirmar que gostaria de jogar por uma medalha olímpica, embora vá estar com 40 anos em 2016. “Golfe é um esporte verdadeiramente global e precisa estar nos Jogos Olímpicos”, defendeu. “Voltar à família olímpica será decisivo para que o golfe cresça ainda mais, sobretudo nos países onde o esporte está apenas começando.
A proposta do golfe foi fazer duas competições de stroke play em 72 buracos (quatro dias), com 60 jogadores na chave masculina e 60 na feminina. Terão vaga no golfe olímpico os 15 primeiros dos rankings mundiais das duas categorias, independente do país. Completam o grupo os mais bem colocados nos rankings mundiais, respeitado o limite de dois jogadores por país. Só entram mais de dois jogadores de um país se eles estiverem entre os 15 primeiros.
Fonte: golfe.esp.br