FGERJ - Federação

Fair play de dirigente mantém viva chama do Interfederações

Por Ricardo Fonseca *

O golfe vive nos ensinando lições como no caso do 20º Torneio Interfederações Adulto – 2015, que vai ser jogado de quinta a sábado, 6 a 8 de agosto, no Clube de Golfe de Brasília, no Distrito Federal. Ao saber que a equipe do Rio Grande do Sul, uma das mais fortes do torneio, não poderia viajar por falta de verbas, o empresário Sergio Carpi, que patrocina a equipe do Rio de Janeiro com o Azeite 1492, decidiu apelar para outra empresa da família, a Cabanha da Maya, para garantir a viagem dos gaúchos a Brasília.
Para Carpi, que também é presidente do Itanhangá GC, do Rio de Janeiro, e um dos mais atuantes patrocinadores do golfe brasileiro, o fair play está acima de tudo no esporte, valorizando o ensinamento do Barão de Coubertin, considerado o "pai" dos Jogos Olímpicos modernos, que cunhou, pouco antes dos Jogos de Londres, em 1908, a frase "o importante é competir", que acabou adotada como lema olímpico. A própria expressão fair play ("jogo limpo", em português) já havia entrado para a história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, através de Coubertin, em Atenas, em 1896, quando ele disse: "Não pode haver jogo sem fair play. O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta".
Homenagem – Com seu gesto, Carpi aproveitou para fazer uma homenagem à sogra, Zuleika Borges Torrealba, que em 2003 idealizou o projeto Cabanha da Maya para realizar o sonho de criar gado Jersey, no Rio Grande do Sul. Além do gado Jersey, a Cabanha da Maya, iniciou sua história com Cavalo Crioulo, em 2004, e Aberdeen-Angus, em 2005. Também em 2005 adquiriu Ovelhas Crioulas e, finalmente, Cabras Anglo Nubianas e Alpino Americanas; essas últimas com o objetivo de produzir queijos artesanais, como na raça Jersey. Todas as raças têm sido coroadas com muito sucesso. Clique aqui para saber mais  sobre a Cabanha da Maya.
A equipe do Rio Grande do Sul chega assim, a Brasília, graças ao fair play do patrocinador de um time adversário, e como uma das mais fortes do Interfederações, encabeçada por jovens talentos do porte de Herik Machado, o número 1 do Brasil, Sandro Gonçalves, Rohan Boettcher e Matheus Balestrin, além do veterano Octávio Villar, o Fanta, capitão do time. Os gaúchos serão, no entanto, a única equipe sem time feminino, como nos últimos anos.
Rio de Janeiro – O Rio de Janeiro, patrocinado pelo Azeite 1492, operação do Grupo Libra dirigida por Carpi, também reúne jovens talentos, como Daniel Kenji Ishii, Leonardo Kitahara, Cristian Barcelos, Thomas Sampaio e Breno Domingos. Tacashi Ishii é o capitão. No feminino, Clara Teixeira, Meidy Gama e Thuane Souza terão como capitã Elza Ishii.
Os times da Federação Paulista, que defendem o título nas duas categorias – a Taça Seymour Marvin (masculino) e a Taça Dora Nardy (feminino) -, terão o veterano Roberto Gomez, dono de um dos currículos mais impressionantes do golfe brasileiro, como destaque de uma equipe jovem e talentosa que tem Pedro Nagayama, Luiz Jacintho, Marcos Negrini e Paulo Mattos, com o capitão Mauro Batista. O time feminino jogará com Lauren Grinberg, Giovanna Yabiku e Carla Ziliotto. Roberta Avery é a capitã.
Demais participantes – Completam o torneio o time da Fecong, a Federação Centro Oeste de Golfe, com Ralf Wagner (capitão), João Vitor Toledo, Haut Chiang, Renato Deusdará, André Ferreira e Junio Batista e as gêmeas Luíza Caetano e Laura Caetano, que jogam no feminino junto com uma terceira jogara, a definir; e a Federação Paranaense e Catarinense, que terá Antônio Douat, Daniel Celestino, Pedro Ramos, Diego Veiga e Maurício Leão, no masculino, e Sophia Campos, Roberta Comodo e Carolina Yamada, no feminino, capitaneados por Rafael Bernardes.
* Editor chefe do Portal Brasileiro do Golfe (golfe.esp.br).