FGERJ - Federação

Esqueça Tudo e Bata

ESQUEÇA TUDO E BATA

É muito fácil dizer “esqueça tudo e bata”. Como é muito simples falar “fique calmo e bata”. Também, é muito claro exprimir “se concentre e bata“, assim como expressam muitos treinadores e autores de livros esportivos, sem se dar conta que os “controles psicológicos”, solicitados, tem que ser aprendidos e treinados. O atleta consciente e crítico perguntaria: como vou bloquear meus pensamentos se eu nunca aprendi a fazê-lo? Como vou me manter calmo se eu jamais exercitei controlar minhas emoções? Como vou me concentrar se eu nunca pratiquei o foco de atenção em colocar a bola no buraco ou no green (estímulos relevantes) me dissociando de ruídos externos e internos (idéias negativas), cometimentos de erros ou presença de pessoas estranhas (estímulos irrelevantes)? Como poderia o jogador se concentrar, diante de situações estressantes, sentindo-se ansioso e tenso, experimentando uma última tacada para vencer o torneio, tentando sair de uma banca ou mesmo superar um double bogey ? Como afirmei acima, se nunca aprendi a controlar a minha mente, as minhas emoções e as minhas concentrações, como poderia alcançar bons desempenhos nos torneios?

A preparação psicológica segue o mesmo princípio da preparação física e técnica, na automatização de exercícios físicos e habilidades técnicas. As habilidades psicológicas seguem os mesmos passos: praticá-las através de muitas repetições, tornando-as cada vez mais automatizadas e fluindo de forma muito natural, sem a necessidade do atleta fazer um esforço tão grande para manter-se calmo ou concentrado na aplicação da ação esportiva. Quando os treinadores proferem aos seus atletas que eles devem estar permanentemente treinando, o que eles querem afirmar é que quanto mais o fizerem mais condicionados ficarão nas suas habilidades esportivas. Como conseqüência haverá um fundamental aumento na sua auto-confiança nas respostas do seu corpo, deixando, portanto, a sua mente livre para a aplicação das estratégias do jogo. Chamaríamos essa condição de estado alternativo de consciência – ASC, garantindo sem nenhuma dúvida, à chegada ao IPS – índice ideal de desempenho: um somatório das habilidades técnicas com as habilidades psicológicas

Todos nós já experimentamos adquirir uma habilidade psicomotora, como por exemplo, bater um swing no uso de uma madeira 1, 3 ou 5, ou mesmo um putter, com um taco apropriado, através de muitas repetições e perceber ao longo do treinamento que as nossas habilidades vão se tornando progressivamente mais fáceis e mais organizadas e as bolas vão caindo no buraco ou alcançando alvos mais distantes de forma sucessivamente natural. Percebe-se, portanto, que ao longo do treinamento tem início um aumento de distanciamento cada vez maior entre o pensamento e a batida na bola até chegar a um ponto em que o pensamento não tem mais função absoluta, liberando de pronto o “fazer”, totalmente, para o corpo. Como insinua Bob Rotella: bata por ”instinto”. Nesse momento, o atleta, se sente livre no uso do seu intelecto, no qual poderá aplicar as suas mais inteligentes estratégias de jogo: fazer as avaliações externas mais corretas, antes de bater um drive ou um putter. É bom lembrar que a partir desse instante, se o atleta insistir no uso do pensamento, isto é, “pensar no movimento que vai realizar”, desejando controla-lo, vai entrar no que chamamos de “paralisia por análise”, prejudicando, sobremodo, o movimento natural do corpo, danificando a eficiência do seu desempenho. Portanto, “esqueça tudo e bata”! como afirmava Tom, irmão de Harvey Penick , mencionando o fato, no seu “Pequeno Livro Vermelho de Golfe”, 1992.

A aprendizagem de técnicas psicológicas, voltadas para o condicionamento das respostas de automatização, concentração e controle emocional, vão ser baseadas nos princípios dos condicionamentos operantes de Skinner (centralização nas respostas) e respondentes de Pavlov (centralização nos estímulos), envolvendo a relação temporal repetitiva entre estímulos e respostas. Vamos a alguns exemplos, desse esquema operacional :

FORMAÇÃO DO ASC- ESTADO ALTERNATIVO DE CONSCIÊNCIA

A primeira condição de uma pessoa aprender uma atividade esportiva ou qualquer outra de base psicomotora é ser praticada por uma metodologia de treinamento maciço ou intervalado, por repetição, segundo a personalidade do praticante. O objetivo é a formação de uma habilidade técnica, como a forma de bater um swing (slice ou um hook), um putter, uma aproximação, e etc., no qual o corpo nunca havia passado por essa experiência. A aprendizagem tem início pela observação, visualização e pensamento de uma resposta motora (imitação do treinador realizando o movimento) e como conseqüência, chegar, às respostas automáticas do organismo, por repetição. Nesse momento, o processo visual direto e os pensamentos relacionados ao movimento, serão progressivamente excluídos do movimento psicomotor global, restando o fortalecimento de uma visualização interna, transformada em imagem. Isto significa que a visão direta e externa e o pensamento darão lugar a imagem do movimento que vai sendo executado de forma automática. O esquema operacional para se chegar a essa condição, está subordinada ao condicionamento operante de Skinner, através das associações entre uma “resposta (comportamento motor) e o“estímulo reforçador”: sensação prazeirosa da execução do movimento, o sucesso da resposta em colocar a bola no buraco, o elogio do treinador, e etc. O esquema operacional, abaixo, vai mostrar, cientificamente, como ocorre a aprendizagem na automatização das habilidades psicomotoras:

AUTOMATIZAÇÃO DO MOVIMENTO OU HABILIDADE PSICOMOTORA

CONDICIONAMENTO OPERANTE DE B.F.SKINNER

Esquema Operacional de Condicionamento de Skinner:

Resposta —————-> Estímulo
ssssssss -> R ————> S
………….. tacada ——–> bola no buraco
(habilidade psicomotora) -> (reforço positivo: sucesso + movimento prazeiroso + elogio do treinador)
Onde: ssssssss = Estímulos Ambientais

É importante observar que a repetição da resposta psicomotora, deve estar relacionada a boa qualidade e não a quantidade de repetições. O treinamento de um putter deve sua eficiência não a um grande número de tacadas, mas sim a boa qualidade no treinamento. Quanto mais o jogador praticar a habilidade, de forma perfeita, automatizará com eficiência os seus movimentos corporais, criando as condições de melhores desempenhos, resultando numa base sólida de auto-confiança, que se generalizará por todo o jogo.

FORMAÇÃO DE ALTOS NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO OU FOCO DE ATENÇÃO NA TAREFA

CONDICIONAMENTO PELA LEI DA DISCRIMINAÇÃO DE B.F.SKINNER

A lei da discriminação repousa na fixação de uma resposta (atenção) em relação a um estímulo selecionado, considerado relevante, (buraco, bandeira ou um alvo qualquer no fairway) e no enfraquecimento de outros estímulos, considerados irrelevantes, que estão à sua volta (armadilhas, ruídos, presença de pessoas, ou mesmo de estímulos psicológicos como pensamentos negativos, respostas de ansiedade, tensão corporal e etc).
O esquema operacional, abaixo, vai demonstrar, cientificamente, como se processa a aprendizagem na automatização de uma habilidade, como o foco de atenção numa tarefa: imagem da bola caindo no buraco.

Esquema Operacional do Condicionamento Operante de B.F.Skinner:

…………….. Resposta —- Estímulo —- Estímulo Reforçador
sssssssss —–> R———–> S———–> S
……….. foco de atenção —> buraco —-> reforço (sucesso + aplauso)
Onde: ssssssss = Estímulos Irrelevantes

Dentre centenas de estímulos (auditivos, visuais, exteroceptivos, proprioceptivos, interoceptivos) que cercam o jogador, o único estímulo que tem valor para o condicionamento operante, no caso do golfe, é o foco de atenção no ”buraco”, como vimos acima. Ele é seguido por um reforço (acertar o buraco e ser aplaudido pelo treinador). Em síntese, a única resposta que é discriminada é o foco de atenção no buraco (estímulo principal e o mais relevante). Os outros estímulos que rodeiam o atleta, são irrelevantes e por isso não são reforçados. Com centenas de repetições seguidas entre o foco, buraco e reforço, o nível de concentração será cada vez mais aumentado e fortalecido, proporcionando ao jogador maior probabilidade de acerto nas tacadas executadas.

APRENDIZAGEM DO CONTROLE EMOCIONAL PELO CONDICIONAMENTO RESPONDENTE DE I.P. PAVLOV

Um golfista que se compromete chegar à elite esportiva, além de ter desenvolvido o ASC (automatização das habilidades psicomotoras e aumento dos seus níveis de concentração), tem que aprender a controlar as suas ansiedades, medos, irritabilidades, agressividades, frustrações quanto aos erros cometidos e entrada nas armadilhas e etc. Se não conseguir essa competência, criará hábitos negativos de se descontrolar emocionalmente durante os torneios, prejudicando, totalmente, o movimento livre do corpo, levando-o a um estado geral de tensão muscular, que poderá resultar num “travamento”muscular da resposta corporal. Dessa forma, poderá comprometer a eficiência da habilidade esportiva como um todo, isto é, a execução dos drives, dos putters e outras tacadas consideradas importantes, e, essencialmente, nas avaliações necessárias do terreno, da grama, do vento, do taco e da distância, e etc. O esquema operacional, abaixo, vai revelar, cientificamente, como se dá a aprendizagem de automatização das habilidades psicológicas dos controles emocionais, na redução das frustrações, respostas de medos, agressividades e irritabilidades, depressões e etc.:

Modelo Operacional do Condicionamento Respondente de Pavlov:

Estímulo neutro —- Estímulo incondicionado —- Resposta
S1 ———————–> S2 ————————> R
errar um putter —–> ansiedade ——————> medo
……………………………… raiva ……………………. explosões de raiva com xingamentos
…………………………………………………………….. jogar tacos para o alto
entrar numa banca —> relaxar/controle cognitivo -> calma (centenas de repetições)
errar um swing -> “ “ “ -> “ “ “
errar um putter -> “ “ “ -> “

A Aprendizagem das técnicas de relaxamento, como o treinamento psicotônico, relaxamento global misto, meditação, dessenssibilização e outras, ensejaria ao jogador a controlar melhor os seus “nervos” e formas de pensar positivamente, evitando, assim, que seus desempenhos possam ser prejudicados durante a competição presente e mesmo as futuras. Pelo esquema acima apresentado, damos um exemplo, como um jogador não preparado psicologicamente, poderia reagir diante de resultados, como errar um putter, um swing ou entrar numa banca, manifestando respostas emocionais desajustadas (somatório de erros repetidos), como explodir de raiva, jogar o taco para o alto, se tornar agressivo com o caddy, sentir-se deprimido e, principalmente, perder temporariamente, o seu nível de auto-segurança. Mas, se ele for preparado, emocionalmente, no controle de suas respostas frustrativas de desajustamento, asseguraria, necessariamente, as suas probabilidades de garantia de melhor performance. Desse modo, ficaria mais resistente às frustrações, não sendo levado a atitudes comprometedoras de eficiência técnica durante um torneio e, sobretudo, não perderia a condição cavalheiresca, exigida, precipuamente, como um princípio ético de um atleta do nobre esporte do golfe.

ESQUEÇA TUDO E BATA

ESQUEÇA TUDO E BATA

É muito fácil dizer “esqueça tudo e bata”. Como é muito simples falar “fique calmo e bata”. Também, é muito claro exprimir “se concentre e bata“, assim como expressam muitos treinadores e autores de livros esportivos, sem se dar conta que os “controles psicológicos”, solicitados, tem que ser aprendidos e treinados. O atleta consciente e crítico perguntaria: como vou bloquear meus pensamentos se eu nunca aprendi a fazê-lo? Como vou me manter calmo se eu jamais exercitei controlar minhas emoções? Como vou me concentrar se eu nunca pratiquei o foco de atenção em colocar a bola no buraco ou no green (estímulos relevantes) me dissociando de ruídos externos e internos (idéias negativas), cometimentos de erros ou presença de pessoas estranhas (estímulos irrelevantes)? Como poderia o jogador se concentrar, diante de situações estressantes, sentindo-se ansioso e tenso, experimentando uma última tacada para vencer o torneio, tentando sair de uma banca ou mesmo superar um double bogey ? Como afirmei acima, se nunca aprendi a controlar a minha mente, as minhas emoções e as minhas concentrações, como poderia alcançar bons desempenhos nos torneios?

A preparação psicológica segue o mesmo princípio da preparação física e técnica, na automatização de exercícios físicos e habilidades técnicas. As habilidades psicológicas seguem os mesmos passos: praticá-las através de muitas repetições, tornando-as cada vez mais automatizadas e fluindo de forma muito natural, sem a necessidade do atleta fazer um esforço tão grande para manter-se calmo ou concentrado na aplicação da ação esportiva. Quando os treinadores proferem aos seus atletas que eles devem estar permanentemente treinando, o que eles querem afirmar é que quanto mais o fizerem mais condicionados ficarão nas suas habilidades esportivas. Como conseqüência haverá um fundamental aumento na sua auto-confiança nas respostas do seu corpo, deixando, portanto, a sua mente livre para a aplicação das estratégias do jogo. Chamaríamos essa condição de estado alternativo de consciência – ASC, garantindo sem nenhuma dúvida, à chegada ao IPS – índice ideal de desempenho: um somatório das habilidades técnicas com as habilidades psicológicas

Todos nós já experimentamos adquirir uma habilidade psicomotora, como por exemplo, bater um swing no uso de uma madeira 1, 3 ou 5, ou mesmo um putter, com um taco apropriado, através de muitas repetições e perceber ao longo do treinamento que as nossas habilidades vão se tornando progressivamente mais fáceis e mais organizadas e as bolas vão caindo no buraco ou alcançando alvos mais distantes de forma sucessivamente natural. Percebe-se, portanto, que ao longo do treinamento tem início um aumento de distanciamento cada vez maior entre o pensamento e a batida na bola até chegar a um ponto em que o pensamento não tem mais função absoluta, liberando de pronto o “fazer”, totalmente, para o corpo. Como insinua Bob Rotella: bata por ”instinto”. Nesse momento, o atleta, se sente livre no uso do seu intelecto, no qual poderá aplicar as suas mais inteligentes estratégias de jogo: fazer as avaliações externas mais corretas, antes de bater um drive ou um putter. É bom lembrar que a partir desse instante, se o atleta insistir no uso do pensamento, isto é, “pensar no movimento que vai realizar”, desejando controla-lo, vai entrar no que chamamos de “paralisia por análise”, prejudicando, sobremodo, o movimento natural do corpo, danificando a eficiência do seu desempenho. Portanto, “esqueça tudo e bata”! como afirmava Tom, irmão de Harvey Penick , mencionando o fato, no seu “Pequeno Livro Vermelho de Golfe”, 1992.

A aprendizagem de técnicas psicológicas, voltadas para o condicionamento das respostas de automatização, concentração e controle emocional, vão ser baseadas nos princípios dos condicionamentos operantes de Skinner (centralização nas respostas) e respondentes de Pavlov (centralização nos estímulos), envolvendo a relação temporal repetitiva entre estímulos e respostas. Vamos a alguns exemplos, desse esquema operacional :

FORMAÇÃO DO ASC- ESTADO ALTERNATIVO DE CONSCIÊNCIA

A primeira condição de uma pessoa aprender uma atividade esportiva ou qualquer outra de base psicomotora é ser praticada por uma metodologia de treinamento maciço ou intervalado, por repetição, segundo a personalidade do praticante. O objetivo é a formação de uma habilidade técnica, como a forma de bater um swing (slice ou um hook), um putter, uma aproximação, e etc., no qual o corpo nunca havia passado por essa experiência. A aprendizagem tem início pela observação, visualização e pensamento de uma resposta motora (imitação do treinador realizando o movimento) e como conseqüência, chegar, às respostas automáticas do organismo, por repetição. Nesse momento, o processo visual direto e os pensamentos relacionados ao movimento, serão progressivamente excluídos do movimento psicomotor global, restando o fortalecimento de uma visualização interna, transformada em imagem. Isto significa que a visão direta e externa e o pensamento darão lugar a imagem do movimento que vai sendo executado de forma automática. O esquema operacional para se chegar a essa condição, está subordinada ao condicionamento operante de Skinner, através das associações entre uma “resposta (comportamento motor) e o“estímulo reforçador”: sensação prazeirosa da execução do movimento, o sucesso da resposta em colocar a bola no buraco, o elogio do treinador, e etc. O esquema operacional, abaixo, vai mostrar, cientificamente, como ocorre a aprendizagem na automatização das habilidades psicomotoras:

AUTOMATIZAÇÃO DO MOVIMENTO OU HABILIDADE PSICOMOTORA

CONDICIONAMENTO OPERANTE DE B.F.SKINNER

Esquema Operacional de Condicionamento de Skinner:

VER ESQUEMA 01

É importante observar que a repetição da resposta psicomotora, deve estar relacionada a boa qualidade e não a quantidade de repetições. O treinamento de um putter deve sua eficiência não a um grande número de tacadas, mas sim a boa qualidade no treinamento. Quanto mais o jogador praticar a habilidade, de forma perfeita, automatizará com eficiência os seus movimentos corporais, criando as condições de melhores desempenhos, resultando numa base sólida de auto-confiança, que se generalizará por todo o jogo.

FORMAÇÃO DE ALTOS NÍVEIS DE CONCENTRAÇÃO OU FOCO DE ATENÇÃO NA TAREFA

CONDICIONAMENTO PELA LEI DA DISCRIMINAÇÃO DE B.F.SKINNER

A lei da discriminação repousa na fixação de uma resposta (atenção) em relação a um estímulo selecionado, considerado relevante, (buraco, bandeira ou um alvo qualquer no fairway) e no enfraquecimento de outros estímulos, considerados irrelevantes, que estão à sua volta (armadilhas, ruídos, presença de pessoas, ou mesmo de estímulos psicológicos como pensamentos negativos, respostas de ansiedade, tensão corporal e etc).
O esquema operacional, abaixo, vai demonstrar, cientificamente, como se processa a aprendizagem na automatização de uma habilidade, como o foco de atenção numa tarefa: imagem da bola caindo no buraco.

Esquema Operacional do Condicionamento Operante de B.F.Skinner:

VER ESQUEMA 02

Dentre centenas de estímulos (auditivos, visuais, exteroceptivos, proprioceptivos, interoceptivos) que cercam o jogador, o único estímulo que tem valor para o condicionamento operante, no caso do golfe, é o foco de atenção no ”buraco”, como vimos acima. Ele é seguido por um reforço (acertar o buraco e ser aplaudido pelo treinador). Em síntese, a única resposta que é discriminada é o foco de atenção no buraco (estímulo principal e o mais relevante). Os outros estímulos que rodeiam o atleta, são irrelevantes e por isso não são reforçados. Com centenas de repetições seguidas entre o foco, buraco e reforço, o nível de concentração será cada vez mais aumentado e fortalecido, proporcionando ao jogador maior probabilidade de acerto nas tacadas executadas.

APRENDIZAGEM DO CONTROLE EMOCIONAL PELO CONDICIONAMENTO RESPONDENTE DE I.P. PAVLOV

Um golfista que se compromete chegar à elite esportiva, além de ter desenvolvido o ASC (automatização das habilidades psicomotoras e aumento dos seus níveis de concentração), tem que aprender a controlar as suas ansiedades, medos, irritabilidades, agressividades, frustrações quanto aos erros cometidos e entrada nas armadilhas e etc. Se não conseguir essa competência, criará hábitos negativos de se descontrolar emocionalmente durante os torneios, prejudicando, totalmente, o movimento livre do corpo, levando-o a um estado geral de tensão muscular, que poderá resultar num “travamento”muscular da resposta corporal. Dessa forma, poderá comprometer a eficiência da habilidade esportiva como um todo, isto é, a execução dos drives, dos putters e outras tacadas consideradas importantes, e, essencialmente, nas avaliações necessárias do terreno, da grama, do vento, do taco e da distância, e etc. O esquema operacional, abaixo, vai revelar, cientificamente, como se dá a aprendizagem de automatização das habilidades psicológicas dos controles emocionais, na redução das frustrações, respostas de medos, agressividades e irritabilidades, depressões e etc.:

Modelo Operacional do Condicionamento Respondente de Pavlov:

VER ESQUEMA 03

A Aprendizagem das técnicas de relaxamento, como o treinamento psicotônico, relaxamento global misto, meditação, dessenssibilização e outras, ensejaria ao jogador a controlar melhor os seus “nervos” e formas de pensar positivamente, evitando, assim, que seus desempenhos possam ser prejudicados durante a competição presente e mesmo as futuras. Pelo esquema acima apresentado, damos um exemplo, como um jogador não preparado psicologicamente, poderia reagir diante de resultados, como errar um putter, um swing ou entrar numa banca, manifestando respostas emocionais desajustadas (somatório de erros repetidos), como explodir de raiva, jogar o taco para o alto, se tornar agressivo com o caddy, sentir-se deprimido e, principalmente, perder temporariamente, o seu nível de auto-segurança. Mas, se ele for preparado, emocionalmente, no controle de suas respostas frustrativas de desajustamento, asseguraria, necessariamente, as suas probabilidades de garantia de melhor performance. Desse modo, ficaria mais resistente às frustrações, não sendo levado a atitudes comprometedoras de eficiência técnica durante um torneio e, sobretudo, não perderia a condição cavalheiresca, exigida, precipuamente, como um princípio ético de um atleta do nobre esporte do golfe.