Escrevendo a história da modernização do golfe no Brasil.
É assim que a equipe responsável pela implantação do UNIBANCO Slope System se sente. Desde junho de 2005 quando foi firmado entre a Confederação Brasileira de Golfe e o UNIBANCO AIG o acordo de patrocínio que viabilizou um dos maiores projetos do golfe brasileiro de todos os tempos, iniciou-se o árduo trabalho de preparação para a implantação do sistema no País.
Sobre o Slope System
Para quem ainda não conhece, trata-se de uma nova forma de determinar o handicap de um jogador. A diferença essencial é que esse sistema, ao ser implantado, irá considerar as dificuldades existentes em cada campo de golfe e sua influência na performance do praticante.
Atualmente, o handicap do golfista brasileiro é o mesmo nos diferentes campos existentes aqui e no exterior, não permitindo que ele obtenha um resultado justo para o seu nível de jogo num determinado campo. Da mesma forma que diversas dificuldades aparecem quando um brasileiro joga em outro país, os estrangeiros, na sua maioria turistas golfistas, não conseguem um handicap adequado ao seu nível de jogo. Com a implantação do sistema em todo o País, esse jogador vai conseguir transformar seu index em hcp, e assim tornar o seu desempenho mais justo, comenta Miguel Dorin, diretor de handicap da CBG.
Criado em 1972 pela United States Golf Association (USGA), o sistema será adotado no Brasil, de forma completa, após uma detalhada avaliação de seus 105 campos de golfe. Incubido de coordenar a missão, Dorin passou por um treinamento técnico na USGA e hoje treina um grupo de jogadores voluntários que já iniciou o trabalho. Depois de 10 anos de luta para introduzir esse sistema, finalmente, com a capitania do nosso presidente, Álvaro Almeida, e o inestimável patrocínio do Unibanco, vamos executá-lo através de uma equipe bastante capacitada, afirma o dirigente da CBG.
A determinação do índice de dificuldade de cada campo consiste em medir nove tipos de obstáculos que se apresentam ao golfista durante o jogo. São eles: topografia (desníveis do solo), raia (dificuldade em manter a bola dentro da raia), alvo do green (dificuldade em colocar a bola dentro do green), recuperação do rough (dificuldade em voltar à raia), azares de areia, azares de água, árvores, fora de campo (riscos de se jogar a bola fora de campo), green (dificuldade no green até o buraco) e obstáculos psicológicos surgidos no decorrer do campo.
Próximas Etapas
Álvaro Almeida, presidente da CBG, credita à visão de José Rudge e Antonio Trindade, do Unibanco, em patrocinar o projeto, e a dedicação da equipe de raters, dirigida por Miguel Dorin, o resultado até agora obtido.
É um trabalho monstruoso, árdua, que envolve muitas vezes, dias inteiros medindo, observando, anotando. Depois há que se lançar todas estas anotações na planilha da USGA para obter-se o slope rate do campo. E agora, com as pré-etapas quase vencidas, a CBG e as federações estaduais, que são as responsáveis pelos cálculos dos handicaps, preparam-se para o lançamento do que irá realmente revolucionar e modernizar o golfe brasileiro: o handicap calculado pelo slope system, completa Álvaro Almeir]da.
Muitos dos principais campos do Brasil já foram medidos e calculados:
Em São Paulo: São Paulo Golf Club, Clube de Campo de São Paulo, Clube de Golfe de Campinas, PL Golf Club, Guarapiranga Golf & Country Club, Arujá Golfe Clube, Terras de São José Golfe, São Francisco Golf Club, São Fernando Golf Club, Santos São Vicente Golf Club, Ipê Golf Club de Ribeirão Preto, e Quinta da Baroneza Golfe Clube.
Na Bahia: Terravista Golf Course e Comandatuba Ocean Course.
Em Brasília: Clube de Golfe de Brasília.
No Paraná: Alphaville Graciosa Clube, Clube Curitibano, Londrina Golf Club, Ponta Grossa Golf Club, Santa Mônica Clube de Campo, Graciosa Country Club, e Bourbon Iguassu Golf & Resort.
No Rio de Janeiro: Gavea Golf & Country Club, Itanhangá Golf Club, Petrópolis Golf Club, Teresópolis Golf Club.
Em Minas Gerais: Morro do Chapéu Golfe Clube.
Fonte: CBG