FGERJ - Federação

De Casa Nova

Por: Marco Antônio Martins

Desde que começou a escrever sobre golfe, em 1980, no jornal O Globo, o jornalista Ricardo Fonseca, colaborador do site da Federação Paulista de Golfe, se apaixonou pelo esporte. Mesmo sem jogar golfe, ele se especializou no assunto e foi o responsável por alguns dos veículos que mudaram radicalmente a forma de divulgar o golfe brasileiro.

O primeiro deles foi como editor-chefe da revista mensal Golf Sport, um sucesso editorial que durou 10 anos, de 1992 a 2001, quando a editora que a publicava fechou por problemas financeiros provocados por suas outras publicações, e não pela de golfe, que era superavitária. Em 1997, Fonseca se lançou em outro projeto de sucesso, como editor-chefe do programa semanal Por Dentro do Golfe, que começou na ESPN Brasil e que hoje é veiculado na ESPN (ex-ESPN Internacional). O programa iniciou, em fevereiro, seu 11º ano ininterrupto no ar.

Mais recentemente, Fonseca desenvolveu outro projeto, a revista bimestral Golf Life, da qual foi editor responsável desde seu lançamento, em 2003, até a edição número 19, que sai em maio de 2007. Nesse meio tempo, com a transferência das operações da ESPN Internacional de Bristol, nos EUA, para São Paulo, ele passou a ser também, desde janeiro deste ano, comentarista de golfe das transmissões internacionais da emissora, ao lado do profissional Ricardo Melo e do comentarista Marco Antônio Martins.

A partir desta segunda-feira, 14 de maio, Fonseca se lança em um novo e audacioso projeto. Ele é o editor-chefe da revista Golf & Turismo, publicada pela editora Casa Nova em parceira com a editora italiana Bellidea, que promete uma nova revolução na divulgação do golfe brasileiro, como ele nos conta na entrevista abaixo.

Na festa de lançamento da revista Golf & Turismo, realizada ontem na FPG Golf Center, a FGERJ estava representada pela Presidente Vicky Whyte, o Vice Presidente João Francisco de Oliveira Neto e ainda os Diretores Cláudia Lobo, Fábio Egypto e Cláudio Cardoso.

Como vai ser a revista Golf & Turismo?
Será uma publicação totalmente dedicada ao golfe em todos os seus aspectos. Como o próprio nome diz, a revista vai valorizar muito o turismo de golfe, tanto no Brasil como no exterior, acompanhando uma tendência internacional. A maior parte da revista vai ser dedicada ao golfe brasileiro, com a cobertura de torneios, entrevistas e reportagens de interesse do público de nosso país. Vamos ainda dar atenção especial às grandes competições internacionais, agora tão próximas aos golfistas brasileiros, graças à ESPN, além de publicar clínicas com instrutores e profissionais de primeira linha que são parceiros da editora e reportagens sobre novos equipamentos e tecnologia. Tudo o que interessa ao jogador brasileiro de todos os níveis.

Existe espaço para uma terceira revista no mercado?
Nós acreditamos que sim, e por isso deixei a outra revista para me dedicar a esse projeto. Antes, nós tínhamos no Brasil duas publicações: uma é a tradução de uma revista americana, com o acréscimo de algumas reportagens sobre o golfe brasileiro, enquanto a outra se dedica mais ao life style e ficou conhecida como a Caras do golfe. A idéia de lançar a Golf & Turismo nasceu exatamente da percepção que o golfe brasileiro já havia crescido e amadurecido o suficiente para merecer uma revista totalmente de golfe, escrita por brasileiros e para os brasileiros que encaram o golfe como esporte, e não só como estilo de vida.

Qual a relação com a Golf & Turismo italiana?
A Golf & Turismo italiana é uma revista que faz sucesso na Europa há mais de 15 anos. A edição brasileira não é uma tradução do título italiano, do qual, além do nome, adotamos a filosofia e o projeto gráfico, com ligeiras adaptações. Na Golf & Turismo brasileira vamos aproveitar algumas reportagens sobre turismo internacional, produzidas com grande qualidade e competência pelos italianos, além de clínicas com profissionais de renome que são colaboradores da revista e, eventualmente, alguma reportagem de grande interesse para os brasileiros, sobretudo sobre equipamentos.

Qual será periodicidade, a tiragem e a forma de distribuição da Golf & Turismo?
A revista será, a princípio, bimestral. Mas, a partir de 2008, pretendemos lançar dez edições por ano, saltando janeiro e fevereiro, como acontece na Itália. A tiragem é de 20 mil exemplares, que serão distribuídos de três formas: venda em grandes bancas, assinaturas e distribuição para todos os golfistas com handicap index do Brasil, ou seja, todos os golfistas filiados a alguma entidade. A princípio, fizemos parecerias com as federações de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, para que essas entidades ofereçam a revista de graça a todos os seus filiados. A forma como isso está sendo feito depende de cada federação, mas nosso objetivo é que cada jogador do Brasil receba a revista de graça em sua residência. Fizemos ainda acordos com o Clube de Golfe de Brasília e, em breve, vamos estender esse benefício às federações da Bahia, de Pernambuco e do Norte.

Que tipo de torneios a Golf & Turismo vai acompanhar?
Todas as competições que interessem ao nosso público. As competições nacionais amadoras e profissionais, os principais campeonatos estaduais, as competições femininas, os torneios empresariais e de relacionamento e eventos relacionados ao turismo e à divulgação de novos campos de golfe. O que vai determinar o que entra ou não na edição é exclusivamente o interesse jornalístico, do que tanto eu como os diretores da editora não abrimos mão. Vamos conquistar os leitores e os anunciantes com a qualidade e seriedade de nosso trabalho.

Como está sendo a aceitação da Golf & Turismo no mercado?
Acima do que esperávamos nesse início de atividades. Recebemos o apoio imediato da Confederação Brasileira de Golfe, das federações e da Associação Brasileira dos Profissionais de Golfe, que perceberam a imensa importância que a revista vai ter nessa fase de grande expansão do esporte no país. Melhor do que isso foi o entusiasmo dos anunciantes, que permitiram que a revista já fosse lançada no azul, isto é, atingimos o breakeven point, já no número 1, o que muito nos envaidece e comprova a afinação da nossa linha editorial com o mercado.