Um novo fenômeno está surgindo nos campos de golfe do país. O carioca Philippe Gasnier deixou impressionada a torcida que compareceu ao 31º Campeonato Aberto do Estado do RJ – terceira etapa do Diners Club Golf Tour 2003 – ao vencer com a marca recorde de 18 tacadas abaixo do par. Além do recorde, ele se tornou o mais jovem campeão do torneio, em sua estréia como profissional. Levou para casa o prêmio de R$ 20,6 mil pela vitória.
“O Philippe vem se destacando no golfe nacional desde jovem. Ele fez parte da equipe brasileira que disputou o Campeonato Sul-americano Pré-Juvenil em 1994, já jogando bem. Desde então apareceu muitas vezes entre os vencedores de torneios do ranking nacional e estadual. Como profissional eu tenho certeza que ele tem toda capacidade para se destacar em torneios no exterior. Talvez o golfe brasileiro tenha encontrado seu Guga!”, avalia a diretora técnica da Confederação Brasileira de Golfe, e ex-presidente da Federação do RJ, Victoria Whyte.
A decisão de se tornar profissional veio no final do ano passado, quando ele fez sua melhor temporada no amador. Primeiro no ranking estadual, Phillipe Gasnier venceu os Abertos do Estado do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Brasília, e de Curitiba. Jogando em casa, venceu o Aberto da Cidade, título que lhe rendeu também uma vaga para disputar a Copa Los Andes, o campeonato Sul Americano da modalidade.
Em outubro, foi o único carioca a integrar a seleção brasileira que disputou o Mundial da Málasia. Para completar a ótima fase, concorreu ao Prêmio Brasil Olímpico, oferecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro, que aponta as maiores revelações do esporte anualmente. Este ano, já como profissional, perdeu no desempate a Copa Sansumg, em Arujá (SP). O próximo grande desafio do atleta será a Copa do Mundo de Golfe, no final do ano.
Gasnier começou a jogar golfe aos dez anos de idade, incentivado pelo pai, Yves. Logo se destacou e passou a se dedicar mais ao esporte. Hoje treina uma média de 6 vezes por semana, com o técnico Jaime Gonzalez. Como todo profissional, seu sonho é jogar temporadas nos exterior, especialmente nos EUA, país onde já estudou. Para isso, o golfista está mobilizado a conseguir bons patrocinadores. “O golfe é um esporte que está crescendo muito no país. Hoje já temos excelentes jogadores disputando torneios lá fora. Espero conseguir patrocínios para poder me aperfeiçoar neste esporte”, diz.