FGERJ - Federação

Bola no buraco

Bola no buraco

No futebol o objetivo do jogador é fazer gols, no boxe é nocautear o adversário, no vale-tudo é finalizar o oponente com chave de braço ou outros golpes, no golfe é botar a bola no buraco. Até aí tudo bem. Mas, de que forma os atletas podem realizar tais feitos? Através da integração da preparação técnica, física e psicológica. Sem esses meios, um pretendente a golfista ou a qualquer outro esporte, nunca chegará a sê-lo. Esse triângulo de treinamento é o principal responsável pelo desempenho do atleta. Raoul Mollet, na obra “O treinamento de Força”, 1963, foi muito feliz quando o nomeou de “treinamento total”. Chamou a atenção que, na falta de um deles, “esse prédio” da performance desabaria. Então, podemos concluir que, para colocar a bola no buraco, será necessário trabalhar muito esses caminhos.

Em termos técnicos, o jogador tem como objetivo básico embocar a bola no buraco como se fosse um gol no futebol. Para mim, o gol do golfe é o “birdie” e o gol contra seria o “bogey”. Portanto, o golfista só vencerá o campo se o seu escore for sempre a favor dos “birdies”. Por exemplo: se ele fizer três birdies e dois bogeys, vai vencer o campo por 3×2 e ao contrário, se fizer quatro bogeys e dois birdies, vai perder por 4×2, ou se o resultado for quatro birdies e quatro bogeys, vai empatar com o campo, no escore de 4×4. Em síntese, isso quer dizer que se o resultado for a favor dos bogeys, o jogador além de perder para o campo, vai perder também o jogo. O que seria uma lástima, para quem quer vencer ou vencer. Vamos ao seguinte quadro:

9|_____________________BOGEY_______________
6|______________6_______________Zona perigosa
3|______3_______________3___________________
0|——–|——–|———|—> PAR (1º,2º,3º dias) (empate)
3|______________3___________________________
6|______6_______________6_______Zona da vitória
9|_____________________BIRDIE_______________

1º dia: 6×3 (vitória do jogador)
2º.dia: 3×6 (vitória do campo)
3º.dia: 6×3 (vitória do jogador)

Se o resultado for 3×3 ou 6×6, o jogador terá empatado com o campo e se o resultado final for 15×12, o jogador sai vitorioso (15 birdies contra 12 bogeys).

Vemos, virtualmente acima, dois espaços de campo: o bogey (zona perigosa) e o birdie (zona da vitória). O bogey é o espaço a ser evitado e o birdie é o espaço-objetivo para o gol. Para fazer os birdies, será preciso chegar o quanto antes ao green, com um mínimo de tacadas, o que chamaríamos de “green in regulation”, logo na primeira tacada, se o jogador estiver num par três; na segunda tacada, num par quatro, ou conseguir um “hole in one”, como ocorreu, durante o mês de agosto, no Gávea Golfe Clube, com o nosso talentoso profissional Carlos Eduardo Ferreira, Dudu, num jogo-treino, com oponentes ingleses: fato raro nos jogos nacionais e internacionais. E, na terceira tacada, num par cinco. Diria que, sem estar no green, seria difícil fazer o gol-birdie, salvo um “hole in one” ou estar bem próximo do mesmo, isto é, numa boa aproximação para o “up and down”.

Se um jogador estiver voltado para o gol-birdie, tendo calma, paciência e, sobretudo, auto-confiança, acredito que vai ter muito mais cuidado na avaliação das suas pré-jogadas e o resultado das suas tacadas serão, provavelmente, mais eficazes e porque não dizer mais triunfadoras.

Por que a avaliação se torna de maior importância para a melhor execução dos meios para se chegar aos objetivos? Deparamos que os jogadores, na sua maioria, por razões específicas, jogam tensos e impulsivamente, não lhe dando chance de, com serenidade, avaliar a situação real de jogo e, por conseqüência, acabam finalizando mal. O jogador termina por escolher erradamente o taco, não presta atenção ao vento, focaliza torto a grama e o terreno, concluindo a jogada num “shank” de arrepiar os cabelos, seus e daqueles que o assistem.

Acredito que o desacerto da avaliação desses aspectos do jogo levará o atleta a complicar, em muito, a sua chegada ao green, isto é, a marca do pênalty do golfe. É muito comum nos torneios perceber a impetuosidade dos jogadores, isto é, querer bater logo sem estar focado no que vai fazer e, os erros são os resultados.
Avaliação do taco é o primeiro sinal do bom e consciente jogador. Ás vezes, em dadas circunstâncias, o jogador fica em dúvida e inseguro na sua escolha. Aí, o caddy pode ser de grande valia, mas acredito que esse socorro não deva ocorrer sempre. O atleta tem que adquirir o domínio de uma sensibilidade perceptiva bem acurada e confiante sobre o seu instrumento de trabalho. Um jogador experiente sabe que os tacos mais eficazes de um torneio são o driver, o putter e o wedge. O putter, em primeiro lugar e, Ben Hogan já havia afirmado isto, em alguns momentos da sua vida profissional. Essa alegação vem de encontro com o nosso pensamento, isto é, o drive vai nos levar ao green e o putter vai se encarregar de atingir os nossos gol-birdies. O pitch-wedge ou um sand-wedge vão ser utilizados, em caso de necessidade, numa tirada da banca ou de uma grama alta. Os outros tacos serão selecionados em relação a determinadas situações, em que o jogador, pela sua qualidade experiencial, saberá escolher como um ship ou um pitch. O vento é outra variável a ser avaliada. O uso da bola baixa ou da bola alta, segundo os ferros (4 ou 3, com o vento contra ou 6,7 ou 8, com o vento a favor), serão utilizadas, como uma forma de bloquear ou aproveitar a influência positiva desse fenômeno da natureza ou mesmo usar a “tacada-esquilo de Demaret”, para profissionais mais experientes, segundo H. Penick, na obra “O Pequeno Livro Vermelho de Golfe”, 1992. A grama alta é outro obstáculo à vista. Só um pitch-wedge poderia nos auxiliar num momento específico. O terreno é um outro problema. Se é ascendente ou descendente, devemos nos precaver com um taco apropriado. A bola entre as árvores, os tacos mais adequados para a aplicação de um “slice” ou “hook” seriam, inicialmente, o ferro 7 e em seguida a madeira 3, segundo, ainda, H. Penick. A distância, só com o emprego de uma madeira 1, 2 ou 3, no alcance do almejado “green” ou de um “hole in one”.

Muitos jogadores não se dão conta da importância do treinamento de “avaliação”. A estimativa deve ser colocada na pauta dos treinamentos, para que os jogadores se acostumem com a prática da percepção ajuizada. Parece-me que o ensaio apreciado é uma forma de fortalecer os níveis de concentração geral do atleta. Vale a pena o seu exercício.

Outra questão é a metodologia de treinamento dos caminhos básicos para o gol-objetivo. Acredito que muitos atletas usam muito mal esse processo. Por exemplo, treinam muito pouco os putters e mais os drives. O que adianta melhorar os meios e não dar importância aos objetivos do jogo, isto é, conseguir o máximo de bolas no buraco, nos treinamentos, que é o nosso gol do golfe. Sendo assim, o treinamento dos putters passará a ser de central importância, como afirmam grandes golfistas: 75% dos treinamentos devem ser centralizados nos putters.
Para botar a bola no buraco é preciso muito treinamento técnico e muito jogo, como formas de chegar ao birdie. Mas, sem preparo físico e psicológico, esse objetivo se tornará muito difícil. Portanto, o treinamento total, segundo Mollet, será a melhor via, para que o jogador possa fazer dos birdies, os seus gols de placa.

Bola no buraco

Bola no buraco

No futebol o objetivo do jogador é fazer gols, no boxe é nocautear o adversário, no vale-tudo é finalizar o oponente com chave de braço ou outros golpes, no golfe é botar a bola no buraco. Até aí tudo bem. Mas, de que forma os atletas podem realizar tais feitos? Através da integração da preparação técnica, física e psicológica. Sem esses meios, um pretendente a golfista ou a qualquer outro esporte, nunca chegará a sê-lo. Esse triângulo de treinamento é o principal responsável pelo desempenho do atleta. Raoul Mollet, na obra “O treinamento de Força”, 1963, foi muito feliz quando o nomeou de “treinamento total”. Chamou a atenção que, na falta de um deles, “esse prédio” da performance desabaria. Então, podemos concluir que, para colocar a bola no buraco, será necessário trabalhar muito esses caminhos.

Em termos técnicos, o jogador tem como objetivo básico embocar a bola no buraco como se fosse um gol no futebol. Para mim, o gol do golfe é o “birdie” e o gol contra seria o “bogey”. Portanto, o golfista só vencerá o campo se o seu escore for sempre a favor dos “birdies”. Por exemplo: se ele fizer três birdies e dois bogeys, vai vencer o campo por 3×2 e ao contrário, se fizer quatro bogeys e dois birdies, vai perder por 4×2, ou se o resultado for quatro birdies e quatro bogeys, vai empatar com o campo, no escore de 4×4. Em síntese, isso quer dizer que se o resultado for a favor dos bogeys, o jogador além de perder para o campo, vai perder também o jogo. O que seria uma lástima, para quem quer vencer ou vencer. Vamos ao seguinte quadro:

9|_____________________BOGEY_______________
6|______________6_______________Zona perigosa
3|______3_______________3___________________
0|——–|——–|———|—> PAR (1º,2º,3º dias) (empate)
3|______________3___________________________
6|______6_______________6_______Zona da vitória
9|_____________________BIRDIE_______________

1º dia: 6×3 (vitória do jogador)
2º.dia: 3×6 (vitória do campo)
3º.dia: 6×3 (vitória do jogador)

Se o resultado for 3×3 ou 6×6, o jogador terá empatado com o campo e se o resultado final for 15×12, o jogador sai vitorioso (15 birdies contra 12 bogeys).

Vemos, virtualmente acima, dois espaços de campo: o bogey (zona perigosa) e o birdie (zona da vitória). O bogey é o espaço a ser evitado e o birdie é o espaço-objetivo para o gol. Para fazer os birdies, será preciso chegar o quanto antes ao green, com um mínimo de tacadas, o que chamaríamos de “green in regulation”, logo na primeira tacada, se o jogador estiver num par três; na segunda tacada, num par quatro, ou conseguir um “hole in one”, como ocorreu, durante o mês de agosto, no Gávea Golfe Clube, com o nosso talentoso profissional Carlos Eduardo Ferreira, Dudu, num jogo-treino, com oponentes ingleses: fato raro nos jogos nacionais e internacionais. E, na terceira tacada, num par cinco. Diria que, sem estar no green, seria difícil fazer o gol-birdie, salvo um “hole in one” ou estar bem próximo do mesmo, isto é, numa boa aproximação para o “up and down”.

Se um jogador estiver voltado para o gol-birdie, tendo calma, paciência e, sobretudo, auto-confiança, acredito que vai ter muito mais cuidado na avaliação das suas pré-jogadas e o resultado das suas tacadas serão, provavelmente, mais eficazes e porque não dizer mais triunfadoras.

Por que a avaliação se torna de maior importância para a melhor execução dos meios para se chegar aos objetivos? Deparamos que os jogadores, na sua maioria, por razões específicas, jogam tensos e impulsivamente, não lhe dando chance de, com serenidade, avaliar a situação real de jogo e, por conseqüência, acabam finalizando mal. O jogador termina por escolher erradamente o taco, não presta atenção ao vento, focaliza torto a grama e o terreno, concluindo a jogada num “shank” de arrepiar os cabelos, seus e daqueles que o assistem.

Acredito que o desacerto da avaliação desses aspectos do jogo levará o atleta a complicar, em muito, a sua chegada ao green, isto é, a marca do pênalty do golfe. É muito comum nos torneios perceber a impetuosidade dos jogadores, isto é, querer bater logo sem estar focado no que vai fazer e, os erros são os resultados.
Avaliação do taco é o primeiro sinal do bom e consciente jogador. Ás vezes, em dadas circunstâncias, o jogador fica em dúvida e inseguro na sua escolha. Aí, o caddy pode ser de grande valia, mas acredito que esse socorro não deva ocorrer sempre. O atleta tem que adquirir o domínio de uma sensibilidade perceptiva bem acurada e confiante sobre o seu instrumento de trabalho. Um jogador experiente sabe que os tacos mais eficazes de um torneio são o driver, o putter e o wedge. O putter, em primeiro lugar e, Ben Hogan já havia afirmado isto, em alguns momentos da sua vida profissional. Essa alegação vem de encontro com o nosso pensamento, isto é, o drive vai nos levar ao green e o putter vai se encarregar de atingir os nossos gol-birdies. O pitch-wedge ou um sand-wedge vão ser utilizados, em caso de necessidade, numa tirada da banca ou de uma grama alta. Os outros tacos serão selecionados em relação a determinadas situações, em que o jogador, pela sua qualidade experiencial, saberá escolher como um ship ou um pitch. O vento é outra variável a ser avaliada. O uso da bola baixa ou da bola alta, segundo os ferros (4 ou 3, com o vento contra ou 6,7 ou 8, com o vento a favor), serão utilizadas, como uma forma de bloquear ou aproveitar a influência positiva desse fenômeno da natureza ou mesmo usar a “tacada-esquilo de Demaret”, para profissionais mais experientes, segundo H. Penick, na obra “O Pequeno Livro Vermelho de Golfe”, 1992. A grama alta é outro obstáculo à vista. Só um pitch-wedge poderia nos auxiliar num momento específico. O terreno é um outro problema. Se é ascendente ou descendente, devemos nos precaver com um taco apropriado. A bola entre as árvores, os tacos mais adequados para a aplicação de um “slice” ou “hook” seriam, inicialmente, o ferro 7 e em seguida a madeira 3, segundo, ainda, H. Penick. A distância, só com o emprego de uma madeira 1, 2 ou 3, no alcance do almejado “green” ou de um “hole in one”.

Muitos jogadores não se dão conta da importância do treinamento de “avaliação”. A estimativa deve ser colocada na pauta dos treinamentos, para que os jogadores se acostumem com a prática da percepção ajuizada. Parece-me que o ensaio apreciado é uma forma de fortalecer os níveis de concentração geral do atleta. Vale a pena o seu exercício.

Outra questão é a metodologia de treinamento dos caminhos básicos para o gol-objetivo. Acredito que muitos atletas usam muito mal esse processo. Por exemplo, treinam muito pouco os putters e mais os drives. O que adianta melhorar os meios e não dar importância aos objetivos do jogo, isto é, conseguir o máximo de bolas no buraco, nos treinamentos, que é o nosso gol do golfe. Sendo assim, o treinamento dos putters passará a ser de central importância, como afirmam grandes golfistas: 75% dos treinamentos devem ser centralizados nos putters.
Para botar a bola no buraco é preciso muito treinamento técnico e muito jogo, como formas de chegar ao birdie. Mas, sem preparo físico e psicológico, esse objetivo se tornará muito difícil. Portanto, o treinamento total, segundo Mollet, será a melhor via, para que o jogador possa fazer dos birdies, os seus gols de placa.