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COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

A velocidade dos bons momentos
Por Guillermo Piernes *
palestras@golfempresas.com.br

Que rápido passa… o dia de golfe, o bom momento, a vida.

Como a antológica cena de Charles Chaplin barbeando ao som da Dança Húngara, de Brahms no filme Grande Ditador, uma devastadora crítica ao poder mal exercido.

A maioria dos leitores não assistiu. Como não acompanhou a evolução do golfe no Brasil, do tempo em que era visto como um exótico esporte praticado por um bando de ingleses maníacos.

Hoje é diferente. O golfe conta com uma estrutura organizacional razoável, bons torneios, vários excelentes instrutores, jogadores promissores, belos campos, meios especializados. Com o crescimento da economia o golfe passou a receber maiores recursos e houve uma elevação do número em contato com o esporte.

Ninguém mais pergunta "…o que é isso aí …", como nos perguntavam quando saíamos na rua com a nossa taqueira, apenas 20 anos atrás. Hoje todo mundo sabe. E até todos conhecem Tiger Woods, pelo que ele fez com seus tacos, dentro e fora dos campos.

Nesse filme de Chaplin o protagonista foge dos cruéis perseguidores carregando pelos tetos uma taqueira de golfe de um amigo. Os tacos mudaram uma barbaridade. As bolas melhoraram uma enormidade. O homem evoluiu na tecnologia porém continua igual, com os mesmos mecanismos psicológicos para enfrentar os desafios.

Alguns superaram o medo dos mamutes, outros se animaram a enfrentar os grandes e pequenos tiranos, a subir nos aviões, e uns poucos não tremem ao empunhar o driver no tee do buraco um de um grande torneio.

Porém para todos eles a confraternização possibilitada pela comunhão nos valores do golfe, que é um jogo de integridade e respeito, foi e é impar. Por isso vamos celebrar que pertencemos a uma tribo diferente que conseguiu evoluir sem perder os princípios na vertigem do mundo atual.

* Escritor, palestrante e consultor.
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COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

O preto e branco sem golfe

Guillermo Piernes *

Para quem passou várias décadas jogando golfe várias vezes por semana ficar sem praticar durante um mês – no meu caso por razões profissionais e uma cadeia de viagens de trabalho na área de comunicação –  resulta uma eternidade. A vida passa a ser vivida em preto e branco.

Dá a impressão que ficamos fora da roda que movimenta a alegria e a confraternização no mundo. Que estamos sem ingresso para um espetáculo ao mesmo tempo familiar e misterioso, salvo que o leitor com poderes mágicos conheça que vai acontecer cada vez que pega o driver.

Informo que também existe vida intensa fora dos campos de golfe. Por exemplo, em Brasília participei do campeonato brasileiro e internacional de vôo livre. Para quem já voou de asa delta pode dispensar o resto do texto. Para quem acreditava como eu que nos fins de semanas o único programa possível é jogar golfe, pode acabar o texto.

A minha participação foi apenas ajudando a um amigo piloto na conferencia dos equipamentos antes de pular para um abismo de 400 metros e depois acompanhar por radio o vôo do piloto caso não chegasse a terra no local previsto, neste caso a 70 quilômetros do ponto de saída na Esplanada dos Ministérios de Brasília.

Gosto de voar em aviões cheios de turbinas. Gosto de fazer voar a bola de golfe. Voar sem motor e com assas de nylon e pequenos tubos de alumínio, não é a minha preferência.  Porém estou certo que voltarei a jogar um melhor golfe após a experiência com o vôo livre. Para pular no abismo se requer basicamente determinação sem qualquer dúvida. É o mesmo mecanismo para bater o primeiro drive ao inicio do torneio.  Para voar ou fazer a bola devemos eliminar o medo de ser feliz.

*Escritor , consultor e palestrante. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa -.www.guillermopiernes.com.br, www.golfempresas.com.br

COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

Por Guillermo Piernes *
palestras@guillermopiernes.com.br

A cada dia fica mais importante a filosofia do golfe para transmitir exemplos práticos, contundentes e quantificáveis para os empresários ou executivos preocupados em melhorar o seu desempenho.

Dias atrás, tive a honra de pronunciar uma palestra perante o presidente mundial, regional e do Brasil e outros 50 representantes da mais tradicional é histórica empresa que lida com captação e reprodução de imagens. Depois eles praticaram no green os ensinamentos teóricos. Mostrei que cada vez que uma seleção de futebol ou uma empresa prepara o seu pessoal para ser "guerreiro" fracassa. Quando os prepara para ser bons jogadores no jogo empresarial vence. Guerra é guerra e jogo é jogo.

Fiquei gratamente impressionado por ver como pessoas sem contato com o esporte, percebem em toda a sua dimensão a importância do foco e o seu peso no cotidiano profissional. Sem foco não existe possibilidade de acertar. A maioria dos erros acontece quando o jogador ou executivo faz as coisas mecanicamente sem dirigir toda a sua concentração para bater na bola ou retirar conclusões de um documento.

É gratificante transmitir a humildade a qual obriga o golfe. Sem humildade para detectar a direção do vento, para perguntar sobre distâncias ou trocar ideias sobre o taco a ser escolhido, dificilmente a tacada será a melhor. Algum líder arrogante se manteve muito tempo? Não. Também acontece no campo. Assim nenhum grande jogador chega ao pódio sem praticar a humildade.

Resulta ótimo transmitir aos executivos e empresários a ética do golfe, onde os resultados devem chegar unicamente pelo caminho da correção, do respeito às regras, com o máximo cuidado com os companheiros e o meio ambiente.

Precisamos divulgar ainda mais o compromisso com a integridade e o respeito com as regras do golfe. É o melhor legado que podem deixar os dirigentes de um Departamento de Golfe ou dos que admiramos o seu espírito ético.

* Escritor, palestrante e consultor. piernes@golfempresas.com.br
www.guillermopiernes.com.br

COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

O prazer de competir com ética

Por Guillermo Piernes*

Num pódio de golfe nunca vimos um semblante tão triste como o do piloto Felipe Massa ao ser premiado como segundo colocado no Grande Prêmio da Alemanha da F-1 depois de ser induzido pelo radio a deixar passar na frente a seu companheiro de escuderia. Marca a diferencia entre competir com ética ou não.

A Ferrari foi multada em U$ 100 mil porém ficou com a taça. Ninguém que tenha quebrado regras ou competido com ética fica com algum troféu no golfe. Assim num pódio de golfe todo mundo está feliz porque sabe que quem chegou à frente merecia ganhar.

Se o espírito do golfe fosse transferido ao futebol, os zagueiros pediriam marcar as suas faltas não percebidas pelo juiz, e os atacantes solicitariam a anulação de gols em impedimento. Essa é a graça do golfe. O respeito às regras, a integridade, o jogo com respeito aos companheiros e a Natureza.

Obviamente que o golfe não é para todos, porque alguns preferem ganhar de qualquer jeito e bater palmas para o vencedor indigno da denominação de campeão, que significa teoricamente o exemplo a ser seguido.

De vez em quando vemos algum jogador que quebra regras, a maioria das vezes, por ignorar as regras do golfe. Os outros não merecem ser denominados de golfistas. Devemos reforçar a divulgação das regras e mostrar aos praticantes que o conhecimento de regras pode significar maior prazer ao sair no campo, menos controvérsias.

Assim parabéns para os clubes que preparam os seus jogadores no conhecimento das regras e principalmente do espírito do golfe que faz do nosso esporte, diferente num mundo cada dia mais flexível nos seus princípios éticos.

* Palestrante, escritor e consultor. www.guillermopiernes.com.br

COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

Mais de futebol e golfe

Por Guillermo Piernes *

O goleiro da Alemanha correu até o arbitro e pediu que o tiro inglês fosse marcado como gol porque a bola ultrapassou a linha…O artilheiro brasileiro Luiz Fabiano exigiu ao arbitro que anulasse o gol marcado contra Costa do Marfim porque tinha tocado a bola em duas ocasiões com o braço….O argentino Teves também pediu que seu gol fosse anulado contra México por impedimento…

Essas cenas não aconteceram na Copa Mundial de Futebol nem aconteceram no futebol tão cedo. O esporte das multidões aceita que os cartolas impeçam a utilização da tecnologia para estabelecer as verdades no campo, que a justiça seja feita.

No golfe os parâmetros são diferentes. A educação, a ética e integridade foram sempre, obrigatoriamente, mais importantes do que um resultado. É a graça do jogo.

Por favor, nada temos contra o futebol. Somos igualmente apaixonados por esse fantástico esporte a pesar que ainda privilegia a filosofia de “tirar vantagem em tudo”. O futebol tem o mérito de tirar o pequeno bandido escondido em muitas mentes, de exteriorizar o lado escuro de milhares de seres humanos e de alegrar o coraçao de milhões. No golfe também existem diabinhos que empurram a anotar uma tacada a menos, de chutar a bolinha que insistiu em parar junto a uma árvore. Mas no golfe a cartilha é diferente.

Por isso batemos palmas para a iniciativa do Departamento de Golfe do São Paulo Futebol Clube de preparar aos seus associados golfistas como deveriam ser preparados todos os novos golfistas do mundo, com conhecimento das regras, comportamento e etiqueta do golfe. Da nada adianta que um instrutor ensine como empunhar o taco se o novo golfista não aprende a defender o espírito do golfe. De pouco serve bater bem na bola se não existe comunhão com os princípios de ética do golfe.

A defesa do espírito do golfe não pode ser delegada, seja para cartolas, instrutores o quem for. O espírito do golfe tem que estar presente em cada um dos que empunhamos os tacos.

* Escritor, palestrante e consultor piernes@golfempresas.com.br , www.golfempresas.com.br, www.guillermopiernes.com.br

COLUNA DE GOLFE – GUILLERMO PIERNES

Julio César, o melhor goleiro do mundo, joga golfe. Kaká, o solitário criativo no meio campo da seleção brasileira, também pratica golfe. Assim está explicado porque desenvolveram o foco e a concentração, para agir no momento crítico.

Constantemente nas minhas palestras de capacitação para empresas chamo a atenção para os benefícios do golfe para vida de grandes executivos e atletas. Porém quero escrever apenas da relação entre o golfe e o futebol.

O futebol não seria o mesmo sem as contribuições do golfe.
O golfe nasceu na China 1.100 anos trás. O futebol também tem origem e data remotas. Chegaram ao Brasil da mesma mão dos ingleses na mesma época. O golfe caracteriza-se pela constante busca de tecnologia de ponta. Foi o primeiro esporte a ser praticado fora do Planeta, na Lua, em 1971 pelo astronauta Alan Sheppard.

No espaço foram desenvolvidos vários metais usados na confecção de varas e cabeças de tacos. Em laboratórios especiais surgiram os compostos plásticos das bolas de golfe. Nesses mesmos laboratórios se provou a aerodinâmica proporcionada pelos “dimples” ou mínimas protuberâncias nas bolas de golfe. Assim a trajetória das bolas é mais reta, menos sujeita aos caprichos dos ventos e a velocidade maior. As bolas de futebol adotaram essas pequenas protuberâncias e os chutes de Robinho podem ir mais reto e longe complicando aos goleiros, como a bola da Copa do Mundo.

Os gramados de futebol simplesmente adotaram os gramados dos greens. Verdadeiros tapetes. Esses greens permitem que a bola corra sem dar pulos e são preparados por variedades gramíneas que encontramos nos greens dos melhores campos de golfe. Os melhores agrônomos de campos de futebol são oriundos do golfe. E os mesmos que cuidam do gramado da granja Comary tratam do gramado do São Paulo Golf Club ou do Guarapiranga. Assim também acontece na África do Sul, onde tive a alegria de estar em quatro oportunidades jogando golfe.

O tamanho das bolas é diferente, a tecnologia similar. Os princípios éticos são diferentes entre os esportes. De ser aplicados ao futebol Luis Fabiano pediria a anulação de um gol seu perante Itália por estar em impedimento ou um zagueiro argentino solicitaria ao árbitro que marcasse um pênalti porque tocou a bola com a mão na final da Copa do Mundo. A paixão é a mesma.

* Guillermo Piernes é escritor, consultor e palestrante

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Na gigantesca metrópole uma pequena área verde volta a fazer historia.

O campo executivo do Hotel Transamerica São Paulo foi re-inaugurado com um animado torneio onde participaram quase uma centena de jogadores reunidos no Boteco 19. Não existe melhor espaço para o publico de elite do Brasil e do exterior ter contato com o golfe.

Num radio de oito quilômetros existem 9.000 empresas que podem novamente organizar reuniões para divertir clientes, unir grupos de trabalho e praticar a arte do jogo curto, quando o golfe concentra 80% das tacadas nos tiros de aproximação, bancas e putting.

O campo tem 22 anos de existência porem tinha ficado na letargia, ou seja, virado um belo jardim, nos últimos seis anos. Essa jóia rara voltou a sua melhor forma. Na região o metro quadrado de terreno vale R$ 3.000. Sem duvida e o campo de golfe de maior valor por metro. Os greens foram redesenhados, assim como as bancas. São três buracos com seis saídas com distancias que variam entre 44 e 125 jardas.

O privilegio de jogar nesse campo ficou aberto para todos e não apenas para os hospedes do hotel cinco estrelas que tradicionalmente recebe uma boa parte da F-1 e dos principais artistas e políticos que chegam a São Paulo.

Uma parceria entre o Transamérica, Selva Aventura e Golf e Negócios possibilitou a recuperação e operação profissional do campo de golfe. Detalhes no www.golfempresas.com.br Uma gestão especializada abriu uma janela verde importante para o golfe no meio do concreto urbano. Foram criadas categorias para que jogar golfe num espaço especial tenha preço justo e para que as empresas tenham contato com o esporte.

O medico Ivan Ribeiro que venceu o torneio de reabertura, jogador scratch de um belo clube paulista, deu suas primeiras tacadas duas décadas atrás no campo que fica a beira da Marginal Pinheiros. E a ratificação que a Historia sempre pesa.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O São Paulo Futebol Club abriu uma fantástica estrada para que o golfe avance em quantidade de praticantes e principalmente com qualidade no país do futebol.

Ninguém pode ignorar as grandes conquistas do SPFC no futebol nacional e mundial, nem o mais apaixonado torcedor corintiano, palmeirense ou santista ou de Boca Juniors.

Ninguém no mundo do golfe pode deixar de admirar a obra do Departamento do Golfe do SPFC para difundir com categoria o esporte do taco e da pequena bola nos últimos três anos.

Confesso que sou um torcedor apaixonado do Departamento de Golfe do SPFC – atenção para o precisão departamental e não de equipe futebolística.

Três anos atrás fui convidado para dar uma pequena palestra no Morumbi para a diretoria do SPFC sobre os benefícios do golfe para os empresários, para moldar princípios nos jovens. Nunca imaginei que era um dia histórico. Sim, era um dos passos da diretoria do SPFC para aprovar a criação do Departamento de Golfe. O Departamento foi criado e cresce com qualidade. O SPFC também tem convênios com clubes como Terras de São José e Guarapiranga, o FPG Golf Center e o campo executivo de pitch and putt do Hotel Transamérica São Paulo.

O “Seu Jano”, um alto cavalheiro da melhor estirpe de descentes da nação do Sol Nascente, é o líder do movimento de golfe no SPFC. Ética, respeito, educação, correção antes de tudo, em cada passo do Departamento. Que o golfe cresça é um detalhe. Que o golfe cresça com educação, sem corrupção, sem negociatas, com total integridade e respeito ao seu espírito seria o importante. É esse grupo está dando exemplos.

A entrada do SPFC no golfe significou para este privilegiado observador do golfe brasileiro um raio de sol animando aos que sempre sonhamos com integridade nas lideranças, dentro e em volta dos campos. Em breve haverá grandes novidades desse Departamento de Golfe do SPFC em prol do crescimento do golfe. O SPFC vai surpreender no mundo do golfe. Daqui a poucos anos, a história do golfe brasileiro será dividida em dois períodos: antes e depois da entrada do SPFC no golfe. Assino embaixo.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A simplicidade dos mestres

Desconfie, recue, refugue perante os que querem complicar os ensinamentos do golfe. Veja os exemplos dos grandes mestres da ciência, das artes, da vida e logicamente no esporte. Fuja dos que complicam para cobrar para explicar o que por eles foi complicado.

Os mestres aperfeiçoam a simplicidade para transmitir conhecimento. A essência do conhecimento deve ser incorporada de forma quase imperceptível, com palavras, imagens, exemplos.

O por que da reflexão? Dois exemplos recentes no golfe. Durante um bom torneio no São Fernando, Richard Conolly, passou pelo putting green quando eu aquecia o meu putting. “Mais backswing”, disse quem foi durante décadas um dos melhores jogadores amadores brasileiros. Mais nada. Continuou a sua caminhada para voltar a ser o impecável anfitrião no clube que preside. Estiquei o pêndulo e a bola voltou a cair ou ficar perto do buraco. Os mestres carecem de tempo para enrolar.

Após cinco anos sem aulas e comprovando uma paulatina perda de distancia no driving range do Terras de São José, em Itu, pedi ajuda a Ruberlei Felizardo, vencedor de 20 torneios profissionais e protagonista de grandes atuações em disputas internacionais. Não é formado em pedagogia em Harvard, nem em física no MTI. Apenas tem o talento de jogar competitivamente e o dom de detectar e corrigir com objetividade as falhas. Mestre não é para quem quer mas para quem pode. “Coloque a bola mais na direita”. Corrigi. Mandou bater 20 bolas. Quando a bola percorreu mais 15 jardas que antes da correção Felizardo deu por encerrada a sessão. Os mestres iluminam e saem de cena. Um detalhe. Os mestres corrigem o detalhe para harmonizar o quadro.

Existe uma dúzia de mestres para ensinar golfe no Brasil. Seria odioso listar eles porque de omitir um nome cometeria uma grande injustiça. Esse grupo de mestres têm diferentes estilos, culturas, níveis de educação porem convergem no aproveitamento de cada segundo em prol do aluno.

Nenhum deles empurra tacos inapropriados para o jogador. Nenhum deles marca antecipadamente dezenas de aulas. Os mestres dão valor ao tempo e por isso transferem o conhecimento rápido. Os mestres têm pressa para buscar novos conhecimentos que transmitirão a mais discípulos, num círculo virtuoso.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A falta de legislação específica e o excesso de ignorância empurraram ao golfe brasileiro contra as cordas no referente à relação trabalhista com os caddies.

É preciso reiterar: o golfe precisa de uma ação coordenada a nível nacional. Uma solução interessa a todos pelo seu componente econômico, empresarial, social e humano, salvo advogados de limitados escrúpulos e alguns fiscais a procura de quinze minutos de fama.

Centenas de jovens já ficaram sem trabalho em clubes de Paraná, Espírito Santo, São Paulo. Jornal do Golfe e Golf e Negócios dedicaram amplo espaço ao preocupante quadro. Episódios de ex-caddies que ficaram a mercê da droga e da violência. Do outro lado, um ex caddie, hoje profissional em Ceará, com um emotivo depoimento defendendo esse trabalho com golfe que o livrou de cair na marginalidade.

Fiscais do trabalho insensíveis à realidade insistem em querer aplicar uma legislação aos clubes que não se encaixa para os caddies. Os caddies não são funcionários dos clubes assim como os camelôs não são funcionários de uma prefeitura ao vender produtos nas ruas. Apenas prestam serviços nos campos de golfe a praticantes do esporte. Alguns fiscais não querem saber e aplicam multas para “esses clubes de ricos”. Assim os clubes, ameaçados por multas e ações, são forçados a proibir a entrada de caddies.

Segundo a conduta desses fiscais não deve existir problema social nem falta de empregos no Brasil. Esses fiscais desconhecem a longa lista de ex caddies que viraram astros milionários do esporte e a gigantesca lista dos que levam pão a suas casas pelo seu trabalho de carregar taqueiras de golfe.

Ainda nestes tempos de justificada desconfiança institucional é necessária uma legislação nacional para esses auxiliares dos golfistas. O Terras de São José Golfe Clube contratou este escritor para dar uma palestra para caddies para ajudar numa reflexão mais profunda de todos. É preciso conscientizar aos caddies do péssimo negócio que é colocar na justiça aos clubes porque representa uma vitória de Pirro, ganha porém acaba com os seus.

É preciso que os omissos deixem de fazer de conta que está tudo bem.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Confissões de um jogador

Hoje a vara do meu driver é flexível. Com 25 anos era extra stiff . No campo de golfe essa foi à solução para manter a performance. Concessões integram o processo.

O que sobe sozinho com os anos é o handicap. O meu handicap subiu para um nível apenas sofrível porem a maioria dos golfistas me acompanha. Cheguei a usar sapatos brancos no tempo que apenas scratch tinha o privilegio de usar essa cor. O resto, ou seja a maioria dos mortais jogadores, que procurasse outras cores.

Hoje existe liberdade completa para usar cores nos sapatos, camisas e bonés. Os sapatos são mais leves e confortáveis, as camisas frescas e secas, os bonés com nomes de patrocinadores. Também os tacos e as bolas são melhores, assim como o marketing dos fabricantes.

O passo do tempo também forçou a encurtar o swing porque a flexibilidade migrou para outros setores anatômicos e abandonou o tronco. O golfe nos ensina que as coisas não são exatamente como queremos. Porém tem coisas que hoje, com muitos cabelos prateados, são como quero.

Nunca trocaria os amigos que conheci em décadas nos campo de golfe, nem para ter de volta naturalmente os cabelos pretos ou os abdominais definidos. Jamais apagaria da memória as conversas pelos gramados e nos bares dos clubes nem as emoções compartilhadas. Fico com elas nem que alguém me garantisse que todos os meus drives superariam as 300 jardas ou embocaria todos os putts a dois metros.

Às vezes choro de saudades porque alguns seres queridos nunca mais voltarão aos campos. É assim. Com o passo do tempo se ganha e se perde. Porém ficou mais fácil desfrutar do golfe, esse esporte que não é para todos porque exige integridade a coragem para lidar sempre com a verdade.

Perdi o medo de errar porque aceito a imperfeição humana. Divirto-me com as quedas dos arrogantes e admiro a humildade dos campeões. Comove-me a solidariedade. Não ligo para os medíocres que nada ensinam. Cada instante é valioso. Perco menos tempo em lamentar o que poderia ter sido ou em ficar preocupado com o que poderá ser. Chego na bola e bato.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A transmissão do conhecimento

Colhemos o que semeamos. Transmitir conhecimento é uma responsabilidade gigantesca. Também no golfe. Por ser um esporte de gigantesco conteúdo mental para ser instrutor de golfe seria até coerente seria até razoável exigir conhecimento de psicologia, pedagogia, psicoanalise, além de notório saber.

No golfe brasileiro, apenas pode ser instrutor de golfe uma pessoa formada em educação física ou com carteirinha da associação classista. Não seria salutar e democrático debater o assunto por parte da comunidade golfistica?

Tiger Woods não é formado em educação física. É formado em Administração de Empresas pela Stanford University. Seu primeiro professor foi seu pai, um coronel do exercito americano. Um dos maiores jogadores profissionais de competição do Brasil foi Priscillo Diniz, advogado.

Nos Estados Unidos e nas outras potencias mundiais de golfe como Espanha, Argentina, Austrália ou África do Sul os instrutores de golfe são reconhecidos por instituições profissionais especializadas respeitadíssimas sem exigência de diploma especial.

Existem grandes mestres de golfe no Brasil, vários dos quais me honram com a sua amizade. Também existem de outros níveis beneficiados por uma peculiar regulamentação que tolhe a transmissão de conhecimento. Como distinguir o joio do trigo? Tema para o debate.

Carteirinha ou diploma é uma referencia para o exercício profissional. Porem devemos sair do tolhimento burocrático do saber para o atendimento das necessidades com alta qualidade. Vários golfistas investem em profissionais de instrução de qualidade, com o sem carteirinha. Uns plantam joio e outros trigo. Com debate ou sem debate, cada um colherá o que plantou.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O sorriso do mestre

O mestre Ricardo Rossi voltou a sorrir na sua cadeira de rodas. Cento e cinqüenta homens inscritos com longa lista de espera para jogar no próximo fim de semana no Aberto do Terras de São José. Cem mulheres prestigiaram, deram colorido e elevaram com alegria os decibéis no recente Aberto Feminino do clube de Itu.

O velho mestre enfrenta o desafio de uma longa doença. Quando iniciou a construção do campo de golfe no condomínio de Itu eram muitos os que queriam a sua cabeça porque pensavam que nunca ia dar certo. Deu muito certo.

As grandes instituições são feitas com boas idéias, investimento, trabalho e com o esforço e talento de pioneiros. O primeiro campo de golfe num condomínio residencial brasileiro nasceu com nove buracos e depois passou para 18. Poucos jogavam golfe em Itu, hoje com várias figuras de destaque no esporte. Na região hoje se levanta o Terras de São José II, com um driving range construído por um discípulo de Rossi, Sebastião Neres. A cidade está ligada ao golfe para sempre.

Patrocinadores e apoiadores prestigiam aos Abertos do Terras de São José, como este ano aconteceu com Kia Motors, Terras de São Jose II, Primus, Nascimento Turismo, Paraná Banco, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Cavicon, Krups, Hara, Ótica Exata, Peres de Oliveira Dias, Zürcher e Ribeiro Filho Advogados. Também instituições oficiais como a CBG e FPG. A imprensa comparece firme. O campo a todos encanta.

O mestre Rossi foi responsável pela construção de outro gigante entre os campos brasileiros, o Damha em São Carlos. Rossi conseguiu transmitir a esses dois filhos de grama, areia, árvores, flores e arte um compromisso com a abertura. O mestre sabe que quando apreciadas por muitos, as obras primas ficam ainda mais belas.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Cem mulheres

Durante anos uma parte da Humanidade lutou por impor uma igualdade absolutamente impossível e antinatural. Provas contundentes das diferenças físicas, químicas e psíquicas são apresentadas no campo de golfe.

No golfe feminino a técnica e a sensibilidade são comuns como forma de ter um jogo competitivo. No masculino, o binômio geralmente e técnica e potencia. As mulheres preferem geralmente as jogadas mais simples e eficientes em vez das mais espetaculares e arriscadas.

Entre um flop shot, a tacada que descreve uma curva muito acentuada antes de cair morrendo no green e um chip menos espetacular porem percentualmente mais eficiente, a maioria das jogadoras escolherá a simplicidade antes que a emoção do desafio. Arriscar distancia a deixar a raia? Por que? Essas perguntas não são feitas com alto nível de testosterona no organismo.

Para dar uma tacada os homens fazem foco apenas na bola. As mulheres focam na bola, na roupa da parceira, na cor da bolsa, nas flores. Como? Áreas cerebrais diferentes em uso. Os homens trocam opiniões veementes sobre a interpretação de regras. Todo fica esquecido no buraco 19 e nunca mais se fala do incidente. Somos testemunhas de queixas femininas sobre desentendimentos que aconteceram anos atrás. Tudo é lembrado.

Acabei simplista querendo ser apenas objetivo. O que queria era destacar a evolução do golfe feminino. Esta semana o Aberto Feminino do Clube Terras de São José, em Itu, será disputado por cem mulheres, com uma longa lista de jogadoras na lista de espera. Cem mulheres numa competição do interior paulista. É fantástico para o golfe.

Qual a motivação? A disputa entre boas jogadoras? O cenário impecável? A receptividade de André Egoroff e a sua equipe? Os muitos prêmios e sorteios? A divulgação oportuna? Os mimos programados? A música? A festa?

O importante é que num esporte tão predominantemente masculino no Brasil apresenta sinais de evolução no golfe feminino. Uma evolução longe de uma falsa igualdade sem cabimento, que no golfe seria homens e mulheres batendo do mesmo tee de saída. Uma evolução para uma complementação natural e prazerosa em torno de uma paixão comum.

* Escritor, palestrante e consultor. Colaborador das revistas Elite Magazine e Golf Life. Autor de Liderança e Golfe. Diretor do portal Golf e Negócios. www.golfnegocios.com, piernes@yahoo.com

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Os heróis diferentes

O Masters de Augusta deixou em evidencia os heróis diferentes que tem o esporte e a vida.

O argentino Angel Cabrera venceu um dos mais importantes torneios de história, deixando para trás os grandes nomes, as mais modernas técnicas de preparação, as tecnologias de ponta, os manuais esportivos básicos.

“Nunca freqüentei um ginásio, nem tive psicólogo”, disse o ex-caddie de 39 anos, cuja foto foi a principal da portada de segunda-feira do New York Times, privilegio que os mandatários latino-americanos não tiveram em décadas.

Cabrera foi contra todas as apostas e ganhou o seu segundo major, o primeiro foi o U.S. Open 2008. Disse que lutará para ganhar cinco majors na sua carreira. Não teve um treinador fixo, nem treinou com computadores e todos os dias janta bem e com vinho tinto. O jogador apresenta um abdome incompatível para um atleta de alto nível. Porem o abdome avolumado, tipo Ronaldo de meses atrás no Corinthians, conta a seu favor com a mesma uma força de vontade e determinação do Fenômeno do futebol brasileiro.

O primeiro latino-americano em conquistar esse major do golfe também é fruto da solidariedade entre golfistas. Eduardo Romero, outro grande nome do golfe internacional, ajudou financeiramente a Cabrera para encontrar o seu caminho, depois da dura infância numa família paupérrima. Romero, pela sua vez foi ajudado pelo Chino Fernandez. Romero recebeu a Cabrera no aeroporto de Córdoba quando este recepcionado como um verdadeiro herói. Mais informações no portal www.golfnegocios.com

Cabrera Pratica a humildade como comprovado pelos 60 golfistas amadores do grupo Pé Duro, que em novembro foram jogar no campo da província de Córdoba, onde joga habitualmente Cabrera. O astro interrompeu o seu jogo para assinar autógrafos e falar com os golfistas paulistas.

Coluna de golfe – Guillermo Piernes

A rotina de quebrar recordes

Tiger Woods tem como rotina a quebra de recordes. Desta vez chegou as 200 semanas consecutivas como número um do ranking mundial do golfe profissional. Em total Tiger Woods foi o melhor jogador do mundo durante 541 semanas ao longo dos seus 13 anos de carreira profissional.

O novo recorde foi conquistado com a sua vitória no Arnold Palmer Invitational, a sua primeira depois de retornar este mês aos campos de jogo depois de nove meses por uma operação no joelho esquerdo. Na última rodada estava a cinco tacadas atrás do jogador que encabeçava as posições. Seria uma missão praticamente impossível para qualquer jogador, menos para um. Tiger Woods aquele que consegue transformar sonhos em realidade.

No ranking mundial o colombiano Camilo Villegas e o argentino Andrés Romero estão entre os 50 melhores do mundo. Os melhores do Brasil são Alexandre Rocha e Adilson da Silva, nas posições 402 e 426 do ranking mundial. Chegar entre os melhores requer talento e uma dedicação total e completa. Confira os rankings mundial e sul-americano no portal www.golfnegocios.com

Para os profissionais de outras atividades que querem praticar golfe depois de trabalho uma boa notícia para os que se encontram perto da região paulistana de Santo Amaro. O tradicional São Paulo Golf Club abre para convidados o seu driving range coberto as quartas-feiras e as quintas-feiras até as 22 horas para sócios e os seus convidados. Sócios, filhos de sócios, noras, genros e irmãos podem convidar até três pessoas bater bolas no driving range iluminado. Também nessa região o campo do Hotel Transamérica São Paulo deverá contar nas próximas semanas com iluminação.

Fora da metrópole brasileira, uma grande festa no interior paulista. O Ipê Golf Club de Ribeirão Preto celebra na semana próxima seu oitavo aniversário com um campeonato aberto válido pelo ranking paulista. O clube nasceu de um grupo de amigos, a maioria tenistas. Os golfistas de Ribeirão Preto deixavam a cidade, nos fins de semana, para jogar golfe São Paulo, Campinas, Itu, Barretos, Poços de Caldas, Guarujá, e outros.

Até que os amigos tenistas foram convencidos para fundarem um clube dedicado ao jogo de Golfe. E assim foi feito. Foi adquirida uma área de quase 700 mil metros quadrados da Fazenda Retiro dos Ipês. Em pouco tempo, 200 pessoas já eram sócias. Em 2003 o campo passou de nove para 18 buracos, de alta qualidade. O Ipê conta com profissionais de experiência internacional e com um Pro Shop com equipamentos de primeira linha. Um dos seus jogadores, Giordano Junqueira é um dos melhores jogadores amadores do Brasil. Outro sonho que virou realidade.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Inovar é preciso

Em tempos de crise inovar é fundamental. O Grupo Encalso e o Damha Golf Club promoveram uma palestra sobre liderança e golfe para empresários e executivos de São Carlos com o apoio do São Carlos Convention & Visitors Bureau, Conselho Municipal de Turismo de São Carlos, Portal Golf e Negócios e da Rádio InterSom FM.

Tive a honra de proferir essa palestra no Anfiteatro do Quality Hotel Anacã, em São Carlos. Foi gratificante mostrar para executivos e profissionais do interior paulista caminhos para se aproximar do golfe, fonte de lições de estratégia, planejamento, foco, estabilidade emocional e humildade para a vida corporativa e a outra.

Ao dia seguinte houve clínica de golfe para os iniciantes. Apostamos que vários dos assistentes serão jogadores no futuro, que novos sócios ingressarão ao clube, que novas empresas serão patrocinadoras ou apoiadoras do golfe.

O presidente do Damha, Carlos Gonzalez, abriu a temporada oficial do clube de São Carlos com um torneio de duplas. É a mais divertida das modalidades. Os integrantes da dupla devem unir os seus talentos ou pelo menos seus defeitos mais apresentáveis.

Os parceiros devem misturar potencia e habilidade, determinação e precisão, buscando que as melhores qualidades de cada jogador contribua para o resultado. Nada melhor para integrar pessoas que uma missão coletiva.

Quando faltavam dois buracos, a Natureza presente em todos os campos de golfe brindou um espetáculo inesquecível. Entre os buracos 16 e 17 do Damha existem canteiros de flores de intenso vermelho margeando o caminho dos carros elétricos. De longe a visão era deslumbrante.

Ao passar pelos canteiros, centenas de borboletas amarelas e quatro pássaros levantaram vôo envolvendo os veículos e os quatro boquiabertos jogadores. Tudo ao mesmo tempo, com o céu azul e a verde vegetação como fundo.

“Poderia morrer agora…”, pensei em voz alta. Seria um final maravilhoso, após um excelente jogo com bons amigos, num belo campo de golfe e com uma visão da Natureza no seu máximo esplendor.

Foi melhor nada acontecer. Faltavam dois buracos por jogar e todos sabemos que golfista é desclassificado se não completar o percurso.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

As pontes entre os esportes

Muitas pontes conectam o golfe com diferentes esportes e setores econômicos atraídos pelos princípios éticos e facilidade de relacionamento proporcionada pela modalidade.

O São Paulo Futebol Clube é o primeiro clube paulista de futebol a contar com um Departamento de Golfe. A criação do Departamento foi realizada após a constatação que mais de 50 sócios do tri-campeão brasileiro de futebol são golfistas registrados. Mais informações no portal www.golfnegocios.com

Antes da aprovação do Departamento de Golfe tive a honra de ser convidado pela diretoria do São Paulo para pronunciar uma palestra sobre a contribuição do golfe ao clube. Destaquei que o golfe é campeão em marketing de relacionamento ou como esporte disciplinador de jovens com a ética por sobre todos os valores.

A solidariedade, outro valor constante no golfe, venceu no V Bem Golden-Cross, no campo do Guarapiranga. Foram arrecadados R$100 mil para quatro entidades filantrópicas. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi uma das várias instituições e empresas que também patrocinou e apoiou o evento beneficente.

A ética do golfe motivou outro convite especial para o escritor de golfe: Árbitro Geral do Primeiro Festival de Dragon Boat no Brasil, em Santos. Os organizadores – Canoa Brasil e Selva Aventura – apostaram que as decisões do arbitro golfista, apesar das suas limitações técnicas, seriam baseadas no principio de equidade, priorizado nas Regras do Golfe e aplicado em todo jogo pela grande maioria de praticantes.

Foram 24 equipes de 10 remadores nas longas canoas, além do tambor e o leme, com muitas baterias, grande público e televisão acompanhando o primeiro Festival dessa milenar modalidade chinesa na América Latina.

Os remadores aceitaram todas as sentencias e decisões, sentindo que foram baseadas no centenário principio do golfe de aplicar o bom senso com equidade. Se os grandalhões e musculosos remadores tivessem discordado do árbitro golfista, provavelmente esta coluna de golfe não teria sido escrita por razões de força maior.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O espelho mágico

O relacionamento proporcionado pelo golfe é intenso e prazeroso. Conseguimos enxergar nos companheiros de jogo virtudes e defeitos que podem ser nossos e determinar qual a resposta dos parceiros em situações de crises.

O golfe valoriza a ética sobre o resultado e por isso a possibilidade de um campeão do esporte estar longe desse valor é remota. Um jogador de golfe denuncia a si próprio se a bola mexeu quando estava no meio do mato sem testemunhas e se penaliza com uma tacada que pode significar a perda do jogo. A consciência do jogador é o seu próprio juiz. Esporte esquisito esse de fazer prevalecer à ética perante qualquer outro valor, pensam alguns ou muitos. O golfe não é para todos.

Imagine um defensor da seleção brasileira exigir ao juiz que valide o gol marcado pela Itália aos três minutos de jogo no lotado estádio de Manchester porque não existiu o impedimento. Ou um zagueiro de Boca Juniors pedir ao árbitro que marque penalty contra o seu time porque tocou a bola com a mão dentro da área em pleno estádio da Bombonera numa final da Taça Libertadores? Os exemplos esportivos podem ser vários.

No terreno corporativo seria o presidente de um grande banco hipotecário americano ter publicado um ano atrás um anuncio alertando que a instituição estava praticando ações incompatíveis com padrões de seriedade e profissionalismo mínimos para uma instituição desse porte e que devolvia seus bônus. Outros exemplos certamente existem.
Por isso o golfe fascina. Os homens vencem os demônios durante a partida no campo. Alguns sucumbem e entram na lista negra do golfe. A maioria simples mortais que driblam a sua consciência dentro de um campo de golfe, para alguns um santuário.

Essa é uma razão para que surjam negócios no mundo do golfe. Empresários ou executivos passam a confiar ou não em outras pessoas ao conhecer as suas reações perante as tentações. Sabem quais as respostas do parceiro de jogo perante os momentos críticos, que certamente encontra no dia a dia do mundo empresarial.

Recentemente pronunciei uma palestra de introdução corporativa ao golfe para 120 diretores e gestores de um grande grupo bancário mundial (mais informações no portal www.golfempresas.com.br). Além do fascínio de ver a bola responder ocasionalmente aos seus mandos, boa parte ficou encantada em descobrir que participavam em algo mais do que um jogo ou de um esporte útil para relacionamentos e contatos. O golfe é um espelho multi-dimensional.

Para a agenda dos iniciados: Ótimo o Pro Am da Lógica para celebrar os dois anos do Visa Verde. Pro-Am na Sexta-feira 11 no Aruja para apoiar o profissional Fabiano dos Santos que jogará no Japão. Também na Sexta-feira o V torneio beneficente Help BEM Golden Cross no Guarapiranga.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A flexibilidade no topo

Guillermo Piernes

Como todo esporte, quando mais cedo se começa a sua pratica melhor o resultado. A flexibilidade dos corpos jovens é uma grande vantagem para obter boas batidas de golfe. A distancia da bola é alcançada pela velocidade da cabeça do taco no momento do impacto com a torção do tronco do jogador.

Para lograr esse desempenho como o passar do tempo, os profissionais recomendam a máxima atenção para um programa de treinamento com exercícios de flexibilidade. Quanto maior a idade menor a flexibilidade. A flexibilidade está intimamente relacionada com a mobilidade articular e a elasticidade muscular. Mais informações no portal www.golfnegocios.com

A fisioterapeuta Sandra Chiavegato Perossi explica que com o passar do tempo o tecido conjuntivo torna-se mais rígido e as articulações menos móveis. Há a formação de ligações cruzadas entre fibrilas de colágeno adjacente, reduzindo a elasticidade e favorecendo a lesão mecânica do tecido afetado. Pesquisas corroboram a importância do treinamento de flexibilidade e das práticas alternativas, como o yoga e shiatsu, na promoção da flexibilidade.

“Os exercícios do método Pilates também são excelentes para todos os esportistas, especialmente para os golfistas”, comentou a fisioterapeuta Flávia Manhães. A profissional destacou o treinamento da flexibilidade como fundamental.

O primeiro evento internacional do ano será no clube Itanhangá do Rio de Janeiro, de 23 a 25 de janeiro. A exibição válida pela HSBC LPGA Brasil 2009 Cup, de 23 a 25 de janeiro, terá a presença de 14 jogadoras profissionais da LPGA, entre elas as brasileiras Ângela Park e Maria Cândida Hannemann e uma amadora do Brasil.

Três das jogadoras figuram entre as primeiras 20 do ranking da LPGA. A empresa responsável pela exibição é a Brasil1. A rede hoteleira Promenade se somou ao evento oferecendo grandes descontos para os golfistas nos seus hotéis próximos ao Itanhangá, na Barra da Tijuca.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Um prazeroso ano no campo

Guillermo Piernes

Dez regras leves e algumas dicas norteiam o prazer de jogar golfe e fazer do campo um local de alegria para imensa maioria que empunha os tacos somente por diversão.

1 – Tenha uma cadencia de jogo e esteja listo para jogar quando for a sua vez.

2 – Controle o temperamento porque driblar as frustrações é parte do jogo.

3 – Seja pontual na hora de começar um jogo mostrando respeito aos demais.

4 – Repare o terreno onde deu a tacada pensando no próximo jogador.

5 – Seja silencioso e imóvel quando um parceiro executa as suas tacadas.

6- O vestuário indica a disposição do jogador de acatar todas as regras.

7 – Esqueça o celular porque significa desrespeito ao jogo e seus parceiros.

8 – Elimine dúvidas sobre a sua integridade aplicando sempre as regras.

9 – Ajudar a seu parceiro a encontrar uma bola perdida é bom para todos.

10 – O maior compromisso é com ás centenárias e sábias regras do golfe.

Os jogadores devem utilizar tacos apropriados ao seu balanço ou swing considerando altura, potencia, idade, velocidade. Um instrutor profissional pode aconselhar o perfil do taco apropriado porem desconfie quando o instrutor é quem vende esses mesmos tacos. Professor de golfe é uma profissão e vendedor de tacos de golfe é outra.

A preparação física é importante para a prática de esportes. O golfe não é exceção. Três sessões por semana no ginásio ajudarão o jogo. A preparação psicológica é fundamental porque o 90% do jogo é mental.

A abertura de campos semipúblicos fez cair o preço da prática do golfe porque assim ficaram excluídas o valor das pesadas luvas de clubes tradicionais. Damha Golf Club, Vista Verde Golf Club, Champs Prives e Terras de São José são exemplos de campos semi-públicos com tabelas de green fee de incentivo. Alguns clubes privados também oferecem razoáveis preços para jogar em dias de semana aos não-sócios. Mais dicas sobre locais para prática de golfe no portal www.golfnegocios.com

O resultado do jogo está sempre num plano inferior ao da diversão e do desfrute das horas no campo. Ao final das contas, a grande maioria dos praticantes não joga golfe por dinheiro mas para dar mais brilho a vida, fazendo amigos, com ganhos na saúde e nos relacionamentos e com diárias lições sobre nos mesmos a cargo da bolinha e os elementos da Natureza.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Papai Noel deve ser golfista

Guillermo Piernes

Papai Noel deve ser golfista pelas noticias que fecham o ano como a reabertura do campo paulista Champs Prives, a participação de talentos da periferia numa dos maiores centros de treinamento dos Estados Unidos e a confirmação que o principal circuito profissional do golfe nacional crescerá.

O Champs Privés Golf Club ganhou na justiça e voltou à atividade depois de oito meses em que uma associação do condomínio onde funciona o campo impediu a utilização das suas instalações. O anuncio foi realizado por Reis de Souza, presidente do clube de Campo Limpo Paulista, estado de São Paulo.

O clube localizado em Campo Limpo Paulista “está retomando legalmente a posse que lhe é de direito de todas as instalações, campo de golfe, sede, vestiários, piscina, quadras de tênis e flats, não cabendo mais nenhuma liminar de reversão de posse”, explicou o presidente. Dada a estabilidade conferida pela Justiça, o clube realizará melhorias estruturais para receber torneios e jogos de confraternização. Mais informações no portal www.golfnegocios.com

Dois jovens moradores de Japeri, município carente da Baixada Fluminense, Anderson Nunes e Cristian Barcelos, são jogadores da Associação de Golfe Público de Japeri, Em janeiro participam do programa de treinamento na David Leadbetter Golf Academy, dentro da IMG Academies, na Flórida. A presença de Anderson e Cristian na David Leadbetter dimensiona o sucesso da escola de golfe de Japeri, projeto social que atende a 92 crianças da região e que já começa a colher os frutos desse trabalho com as recentes conquistas dos alunos no cenário do golfe nacional.

O menino Anderson foi premiado por ser um dos líderes do ranking infanto-juvenil e Cristian desfrutará do programa pelo gesto do jovem paulista Rafael Becker, do São Fernando, que ganhou a viajem pelo seu resultado no ranking juvenil da CBG, em 2008, mas fez questão de passar o convite ao juvenil de Japeri.

Outra boa noticia natalina é que o clube Itanhangá do Rio de Janeiro será cenário da HSBC LPGA Brasil Cup, de 23 a 25 de janeiro, anunciou a empresa promotora Brasil1. Segundo a empresa, o torneio terá a presencia de 15 jogadoras profissionais do principal circuito profissional feminino, entre elas as brasileiras Ângela Park e Maria Cândida Hannemann.

A etapa Vivo, quinta e última etapa do Champions Golf Tour 2008, foi realizada no clube de Campo de São Paulo, com um alto nível técnico apresentado por um grupo de jogadores do Brasil e outros paises sul-americanos participantes. O nível de corte classificatório para a final de sábado com 23 jogadores foi de uma tacada abaixo do par do campo. O vencedor foi o paraguaio Raul Fretes com 10 tacadas abaixo do par, escoltado pelo brasileiro Ronaldo Francisco e o paraguaio Angel Franco, num placar de bons escores. Para manter o ritmo de jogo, nada melhor para um jogador que competir com regularidade.

O idealizador do Champions Golf Tour informou que o principal circuito profissional do Brasil voltará a ser realizado em 2009 e que será ainda maior. Werner Bretthauer, presidente da empresa Golf4All, disse que chegou a entendimentos com grandes empresas que estão interessadas em apoiar e estender o circuito. Neste ano, os patrocinadores do circuito foram Mercedes-Benz, Vivo e Samsung. Na última etapa do ano Securus Brasil e a Champagne Nero Brut foram os apoios da festa golfistica.

Coluna de golfe – Guillermo Piernes

Apoio para o salto qualitativo

Guillermo Piernes

A Federação Paulista de Golfe escolheu a Manuel Gama como novo presidente, apoiando a proposta de buscar um salto qualitativo do esporte.

A FPG agrupa dois de cada três campos de golfe no país e dos de cada três dos golfistas brasileiros. Vinte e cinco presidentes de clubes filiados a FPG votaram nos candidatos Manuel Gama e Jurandir Silva para cumprir um mandato de dois anos. Gama venceu por 13 votos a 12, um apertado escore que se fosse aplicado a um jogo de golfe seria equivalente a uma definição no green do último buraco. Como numa tradicional partida de golfe, os adversários se saudaram com respeito e amabilidade ao termo da primeira eleição com duas chapas nos últimos 36 anos.

Ao falar para os presidentes dos clubes depois da eleição Gama assegurou que buscará cumprir cada promessa de campanha, em busca do salto qualitativo do golfe brasileiro, aproveitando também as boas iniciativas em desenvolvimento. A prioridade é o incentivo a prática por parte de jovens e mulheres e o estímulo ao alto desempenho. “No modelo atual a possibilidade de termos jogadores com destaque internacional é quase nula”, disse Gama. As estatísticas estão do seu lado. Os resultados no campo profissional e amadores são extremamente modestos, inclusive a nível sul-americano.

“Os valores do golfe como ética, fair play o respeito às regras infelizmente não estão sendo levado com a seriedade necessária como vemos em outros paises aonde o golfe já é uma tradição e um grande sucesso”, disse o presidente eleito da FPG. Anunciou que apresentará trimestralmente prestações de contas com auditorias permanentes para garantir a transparência administrativa.

Gama, ex-presidente do Clube de Golfe de Campinas e diretor técnico da FPG, também incentiva o fortalecimento de programas específicos para os juvenis dentro dos clubes, à criação do departamento de Intercambio Especifico para obtenção de bolsa de estudos para faculdades no Brasil e Exterior. A contratação de técnicos internacionais para programas de férias é outro dos pontos do presidente eleito que viajou por Europa, Estados Unidos, África e América Latina para estudar centros de aperfeiçoamento em golfe.

Para financiar uma maior competitividade do golfe brasileiro, Gama aponta os caminhos da Lei de Incentivo ao Esporte e a captação de investidores com projetos viáveis com retorno. Na vida empresarial Gama é presidente da rede hoteleira Travel Inn e vice-presidente da Associação Brasileira de Hotéis. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

O recente 30º Campeonato Sul-Americano de Golfe Sênior que finalizou na Bahia foi o maior torneio internacional já realizado no Brasil, disputado por 292 jogadores de sete países do continente. A receita gerada para o turismo local superou US$ 1,5 milhão. “Foi uma oportunidade única para divulgação do destino turístico excepcional que é a Bahia”, disse Paulo Pacheco, presidente da Associação Brasileira de Golf Sênior (ABGS).

O Vista Verde, campo privado aberto ao público, fechou com chave de ouro a temporada 2008 com a realização do torneio Teamwork com o incentivo de Lars Lemche. O Vista Verde passou a oferecer aulas gratuitas para grupos de pessoas interessadas em aprender golfe. Outros grandes eventos como Febragolfe e Aberto do Brasil ficam para uma próxima coluna. Felizmente, o golfe cresce mais do que o espaço da coluna.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Ninguém ganha sozinho

Guillermo Piernes

No esporte onde cada um joga com a sua a sua própria bola ninguém ganha sozinho. Vinicius Muller, campeão da etapa Samsung Masters do Champions Golf Tour, aproveitou a subida ao pódio para mostrar as facetas solidárias do esporte.

O profissional gaúcho indicou que o seu recente treino em Algarve, Portugal com o mestre britânico Tony Bennett foi importante para os seus resultados. Agradeceu aos patrocinadores Samsung, Vivo e Mercedes-Benz indicando que o dinheiro colocado no esporte era fundamental para o avanço do setor profissional. Elogiou a união das empresas em torno da iniciativa da Golf4All para desenvolver o circuito profissional. Reconheceu que sem o apoio do seu pai nunca teria chegado a um nível de alta competição.

O resultado da quarta etapa do Champions Golf Tour ficou em aberto até os últimos buracos. Segundo foi o carioca Erick Andersson, a uma tacada do campeão e terceiros o paulista Ronaldo Francisco, o argentino Luciano Giometti e o colombiano Eduardo Herrera, a duas tacadas. Além de alta técnica no campo houve alta tecnologia em exposição por parte das empresas patrocinadoras.

Vários dos principais executivos das empresas participaram do torneio para convidados, no Clube de Campo. A quinta e última etapa do ano do circuito será realizada também no Clube de Campo de 16 a 20 de dezembro. Para entregar prêmios do principal circuito profissional brasileiro estiveram presentes Ricardo di Sora, gerente da Samsung; Roberto Lima, presidente da Vivo, Ricardo Tartari,executivo de vendas da Mercedes-Benz e Werner Bretthauer, presidente da Golf4All. “Acredito que contribuímos para que o golfe brasileiro alcance um novo patamar”, disse Werner Bretthauer, no encerramento da festa.

Outra festa acontece no final de semana no campo da Fazenda São José conhecida por todos como Broa, o lago vizinho ao belo cenário do golfe, impecavelmente tratado e administrado.

Tem também festa democrática no golfe paulista. Vinte e cinco clubes filiados a Federação Paulista de Golfe escolherão em 24 de novembro, o presidente e a diretoria que tomará posse em 1 de janeiro para cumprir um mandato de dois anos. A FPG agrupa quase 60% dos golfistas brasileiros. Concorrem duas chapas, uma encabeçada por Manuel Gama, de renovação, e outra por Jurandir Silva, da situação. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

Na Bahia, o astro do golfe britânico Nick Faldo, ganhador de seis majors, acompanha a rodada final do circuito juvenil que promove no mundo. “Nos últimos anos, vimos surgir novos talentos da América do Sul. Esperamos que, por meio da Faldo Series, possamos ajudar os jovens atletas da região a apreciar e entender todos os aspectos desse grande jogo”, disse Faldo. O promotor Michael Nagy, da Golf Corporate Brasil opina que a Faldo Series “será crucial para tornar o golfe mais acessível a mais jovens na América do Sul”.

Um total de 88 jovens jogadores da Islândia, Rússia, Turquia, Brasil, Irlanda, Escócia, Inglaterra e Irlanda do Norte participa da final da Nick Faldo Series. Alexandre Zubaran, presidente do Costa do Sauípe Hotéis e Resorts, o patrocinador máster brasileiro, disse que a realização do evento consolida o destino e Bahia poderá se tornar o maior destino de golfe da América do Sul.

As inscrições para o 3º GP Bridgestone Brasil de Golf no Clube de Campo São Paulo, teve as 100 vagas previstas preenchidas. “É uma prova da consolidação deste evento beneficente como uma etapa importante do calendário paralelo da F-1 no Brasil”, comentou Cláudio Golombek, diretor técnico do torneio. “Percebemos que poderia ser uma ótima oportunidade para unirmos diversos interesses”, declarou Raul Viana, Diretor de Assuntos Corporativos da Bridgestone ao se referir ao torneio onde também ninguém ganha sozinho.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Os tacos na medida certa

Guillermo Piernes

A preparação dos tacos a medida para a altura, potência, velocidade de cada jogador e tão ou mais importante que a própria marca do equipamento utilizado, coincidem os principais especialistas. Todos os jogadores profissionais de alto nível realizam o fitting dos seus tacos.

A maioria dos jogadores novatos tem preferência por uma marca de tacos, pela publicidade, cores, desenho ou emulação de um astro do golfe. Os mais experientes escolhem pela facilidade com que batem a bola com o taco de uma marca. O que proporciona essa boa batida é o movimento correto do jogador e o peso do balanço do taco. Obviamente quanto maior a qualidade geral do taco melhor para o resultado.

Essa medida do swing weight deve ser realizada em cada taco da bolsa, para que o jogador tenha a mesma resposta em matéria de reação da cabeça do taco. Geralmente os tacos de uma marca têm diferencias no swing weight de cada taco, o que torna mais fácil ou difícil à execução porque cada jogador tem apenas uma velocidade de swing. Existem cinco categorias de velocidade de swing do jogador. Essa velocidade deveria determinar a flexibilidade da vara dos tacos apropriada para cada jogador.

Os especialistas recomendam uma vara extraflexível para a categoria 60 a 70 milhas por hora, flexível de 70 a 85 mph, regular de 85 a 100 mph, rígida de 100 a 115 mph e extra-rígida para mais de 115 mph. Com a ajuda de sensores computarizados e telões é possível determinar velocidade do swing de cada jogador. Com equipamentos específicos se encontra o peso do balanço de cada taco. Em São Paulo, a loja São Bento Golfe em Pinheiros, realiza essas medições completas ou fitting com o especialista Carlos Figueroa.

“O fitting possibilita encontrar os melhores características de tacos para o swing de cada jogador, tão único quanto a sua impressão digital”, comenta Figueiroa. Assim será possível dar as melhores tacadas possíveis como esse único swing nosso, de cada dia. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

Outra escolha importante caberá aos clubes filiados a Federação Paulista de Golfe. Os clubes escolherão até 30 de novembro, o presidente e a diretoria que tomará posse em 1 de janeiro para cumprir um mandato de dois anos à frente da instituição que agrupa quase 60% dos golfistas brasileiros. Concorrem duas chapas, uma encabeçada por Manuel Gama e outra por Jurandir Silva. A plataforma de Manuel Gama é detalhada no site www.candidatura2008fpg.com.br A plataforma de Jurandir Silva pode ser solicitada para o email antonio.padula@globo.com

Pelo estatuto da FPG, a convocação da Assembléia Geral da Federação para escolher seus administradores deve ser feita de 30 a 40 dias antes do término do mandato. Junto com o edital de convocação, deve ser publicada lista dos clubes com direito a voto.

Tem direito a voto os clubes que: possuam estatuto próprio;
no mínimo dois anos de filiação; tenham promovido, em 2007 torneio incluído no calendário esportivo da FPG e estejam quites com a tesouraria da Federação.

Somente podem tomar parte da Assembléia os Presidentes dos clubes com direito a voto, ou seus representantes credenciados, sendo a representação unipessoal. A Assembléia, por voto aberto e maioria simples, escolhe a forma de eleição: voto secreto, voto nominal aberto ou aclamação. Será considerada eleita à chapa que obtiver maioria simples dos votos dos clubes presentes à assembléia.

Na recente etapa Experian do CEG, no clube São Fernando, no nosso experiente grupo de golfistas foi incluído um jovem executivo da área de publicidade que disputava o seu primeiro torneio. Foi uma agradável experiência para todos. Compartilhar emoções e conhecimento no campo é um dos maiores prêmios do golfe e uma imbatível maneira de fazer amigos.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O sonho é possível

Guillermo Piernes

O Brasil Golf Show foi o termômetro do golfe brasileiro nas suas diferentes áreas. O evento reuniu na Bahia agentes econômicos de todas as áreas do esporte, além de autoridades do governo estadual, e provou que o debate de idéias e experiências é fundamental para resistir às dificuldades globais.

Burocracia, exigências desmedidas, impostos exorbitantes, preconceitos, pouca transparência, interesses mesquinhos, ações promocionais sem alavancas de mídia e o colapso de bancos americanos de investimento imobiliário, foram listados como os obstáculos maiores para o crescimento do golfe no Brasil durante as palestras e debates no encontro organizado pela GT Eventos e realizado no Costa do Sauípe.

Os participantes tomaram conhecimento que um ícone da arquitetura de golfe no Brasil, Dan Blankenship, responsável dos campos de Comandatuba, Alphaville, Vista Verde, Terravista e vários outros formidáveis cenários nacionais está de partida para Rússia, para construir campos de golfe. Vários projetos brasileiros de novos campos estão atolados seja nas exigências burocráticas ou na engenharia financeira mundial debilitada.

Apesar das dificuldades, continuam os projetos de novos campos. Na Bahia, além de os quatro campos de resorts existentes, outros oito campos estão em início de construção ou processo de aprovação final. No sul do país, na serra gaúcha em Bento Gonçalves, se iniciou a construção de um driving range, por iniciativa do empresário Aldemir Dadalt, de longa trajetória na área de construção em Santa Catarina. Mais informações do assunto e as novidades em equipamentos, tacos, gramas e serviços apresentadas no evento, que podem ser acompanhadas no portal www.golfenegocios.com.br

Se a realidade é dura o sonho é possível que o golfe no Brasil seja também ferramenta de inserção social. Vicky Whyte e Maria Lúcia Barcellos, gestoras do projeto Japeri Golf Links, mostraram o impacto do campo de golfe público que foi construído no município de Japeri, uma das áreas mais pobres da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Em volta de 85 crianças da região treinam golfe no campo de nove buracos, recebem alimentação, roupas e equipamento, com monitoramento escolar. Já despontou um menino que está competindo no ranking nacional.

Na Bahia, o projeto Berimbau possibilitou a inserção social de milhares via capacitação e trabalho para os moradores da região onde está localizado o complexo hoteleiro Costa do Sauípe e o seu campo de golfe. O projeto permitiu que surgissem uma cooperativa de pescadores, uma usina de reciclagem de lixo e um centro de artesanato para atender o grande complexo hoteleiro e agora o vizinho Iberostar. O presidente do Costa do Sauipe Alexandre Zubaran fez uma emotiva apresentação sobre o projeto social, ainda que envolvido com a iminente venda do complexo hoteleiro.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Os valores maiores do golfe

Guillermo Piernes

O maior confronto de golfe profissional do ano, a Ryder Cup, não tem um centavo de prêmio em dinheiro para os maiores profissionais dos Estados Unidos e Europa, porque são outros valores em jogo. A média de prêmios nos principais torneios do principal circuito mundial profissional de golfe foi de U$7 milhões.

Os principais jogadores dos Estados Unidos e Europa disputam a taça bi-anual a partir de sexta-feira até domingo no campo de Valhalla, em Kentucky, quando os profissionais americanos buscam recuperar a hegemonia depois das três últimas edições com vitórias européias.

O capitão da equipe da Europa, Nick Faldo lembrou que “não tem prêmio em dinheiro esta semana. É uma honra extrema participar da Copa”. Europa tenta o quarto título consecutivo. De 1983 a 2006, Europa venceu sete vezes contra quatro dos Estados Unidos. A melhor dupla da História da Ryder Cup foi formada pelos espanhóis Severiano Ballesteros e José Maria Olazabal, com 15 jogos, 11 vitórias, dois empates e duas derrotas.

“É uma honra e um privilégio ser capitão na Ryder Cup. São os melhores jogadores do planeta”, disse Paul Azinger, capitão da equipe dos Estados Unidos ao anunciar a dúzia de profissionais da equipe americana. Mais informações sobre a Ryder Cup no portal www.golfenegocios.com.br

A afirmação sobre os melhores do planeta de Azinger encontra contestação porque o vencedor da FedEx Cup, que significou um cheque de U$10 milhões foi um representante das ilhas Fiiji, Vijay Singh e o segundo colocado foi o colombiano Camilo Villegas. Sempre é válido lembrar que o americano Tiger Woods está lesionado e sem jogar a vários meses.

Se a honra é a motivação na Ryder Cup, no Brasil, a solidariedade é o motor de outros eventos. O Grupo Primavera realiza, em Campinas, no sábado 20, torneio de golfe que reunirá empresas na disputa pela Taça Responsabilidade Social. O objetivo do 6º Festival Primavera de Golfe é estimular a solidariedade e reunir grandes empresas em prol de uma causa especial, nesta edição meio ambiente, sustentabilidade e energia reciclável.

“Incorporamos ao festival o tema da energia reciclável, com o objetivo de suscitar discussões e incentivar ações entre os empresários como o plantio de árvores”, explicou John Sieh, diretor do Grupo Primavera. Os recursos arrecadados com o evento em seus programas de capacitação profissional na periferia de Campinas. Atualmente, o Grupo Primavera atende 400 adolescentes entre 11 e 17 anos.

Entre as empresas patrocinadoras do 6º Festival Primavera de Golfe, estão: Instituto Bosch, Honda, 3M, Merial, Adere, Graber, Invista, Escola Americana de Campinas, PricewaterhouseCoopers, Fort Dodge, Green, Tapecol, Buckman Laboratórios, Bic, Mabe, Fedex, Galleria Shopping.

Uma instituição beneficente receberá um valioso prêmio dos participantes do recente BMW International Golf Classic. O golfista amador Massafumi Wakabayashi realizou um hole-in-one no buraco quatro do Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro. No buraco tinha um prêmio de um carro da montadora alemã para quem anotasse um hole-in-one. Dentro das normas do golfe o autor do hole-in-one não poderia receber um prêmio maior aos U$700 e o carro deveria ser sorteado entre todos os participantes.

Massafumi solicitou que em vez de sorteado o carro fosse doado a uma instituição beneficente, iniciativa aprovada por aclamação pelos 176 participantes, entre eles o presidente do Itanhangá Mauricio Memória. A instituição receberá a doação nas próximas semanas. Massafumi foi longamente aplaudido pelo gesto. O modelo do BMW entregue como prêmio é de um valor aproximado aos R$145 mil. “Ficamos muito satisfeitos”, resumiu Henning Dornbusch, diretor presidente da BMW na magnífica festa no Rio de Janeiro.

Festa do interior em São Carlos. A grife de roupas e acessórios esportivos Oakley anunciou o apoio aos juvenis Fábio Salinas, Gustavo Salinas e Felipe Gonzalez, do Damha Golf Club, integrantes da Escola de Golfe Infanto-Juvenil Anwar Damha. “A evolução dos três e a estrutura da escola chamou a atenção da nossa marca”, disse Pedro Gatti, representante do segmento de golfe da Oakley Brasil. “Esse acontecimento trará um prestígio muito grande ao nosso clube e certamente servirá de incentivo aos outros alunos de nossa escola”, disse Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Ampliação dos horizontes

O Champions Golf Tour, o principal circuito profissional brasileiro, poderá atravessar as fronteiras em 2009 com alianças com empresários de golfe da Argentina.

Em Buenos Aires, colegas do premiado veterano jogador argentino Vicente Fernandez, confirmaram contatos com a empresa brasileira Golf4All, que preside Werner Bretthauer, para expandir o circuito em 2009 na Argentina e outros países sul-americanos.

O circuito nasceu neste ano no Brasil com a união de forças da Mercedes-Benz, Vivo e Samsung. Na terceira etapa do CGT2008, o gaúcho Rafael Barcellos venceu a etapa Vivo no Clube de Campo de São Paulo e recebeu o cheque de R$25 mil de mãos de Roberto Lima, presidente da Vivo. O vice-campeão foi outro profissional do Rio Grande do Sul, Vinicius Muller. Terceiro foi Erik Andersson do Rio de Janeiro.

Com o previsível fortalecimento do circuito e o aumento dos prêmios e exposição, jogadores classificados entre os primeiros 50 do ranking sul-americano poderão entrar em algumas etapas do circuito no ano próximo. Depois dos resultados das três etapas do circuito ficou destacado o grupo de golfistas de elite do CGT2008: os brasileiros Rafael Barcellos, Vinicius Muller, Ronaldo Francisco, Fabiano dos Santos, Erik Andersson e o colombiano Eduardo Herrera. O ranking sul-americano e mundial é publicado no portal www.golfenegocios.com.br

A Vivo mantêm um forte apoio ao golfe, sem descuidar outros esportes ao ar livre. Felipe Baraona, o diretor de marketing de promoção da operadora, disse a esta coluna que dentro dessa tônica a Vivo patrocinara no mês próximo o mundial masculino de voleibol de praia, no Brasil.

O São Fernando Golf Club recebeu no último final de semana a segunda etapa brasileira da BMW Golf Cup International 2008, considerado o maior circuito de golfe amador do mundo, com disputa em 42 países por quase 120 mil golfistas. Os campeões do São Fernando, Sean Hutchinson, Danilo Ghezzi e Chiyoko Nagase, juntam-se então aos campeões da primeira etapa, disputada em Ribeirão Preto, como finalistas brasileiros. Outros três finalistas brasileiros sairão do torneio no Terravista Golf Club, em Trancoso, Bahia. Os finalistas representarão o país na final mundial do circuito, em novembro em Buenos Aires.

A Quinta da Baroneza será o cenário na Sexta-feira da etapa Duke Energy do CEG. Sol Meliá e Damha, entre outras equipes, prometem muita energia na amistosa disputa do circuito amador. Nessa sexta-feira se inicia também no campo de Costa do Sauípe o Aberto da Federação Baiana, válido para os rankings nacionais amadores masculino e feminino.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Os sul-americanos melhoram no ranking mundial profissional

A posição dos golfistas sul-americanos profissionais melhora rapidamente no ranking mundial, com a proliferação de bons torneios e circuitos nos paises que desenvolvem jogadores de alta competição para o cenário internacional.

Três sul-americanos estão entre os primeiros 50 do ranking mundial, os argentinos Andrés Romero e Angel Cabrera, nas posições 25 e 29 e o colombiano Camilo Villegas no lugar 41. O chileno Felipe Aguilar e o argentino Daniel Vancsik figuram entre os primeiros 200 do ranking mundial liderado pelo norte-americano Tiger Woods. Os brasileiros Alexandre Rocha e Adilson da Silva ocupam as posições 408 e 433. O portal www.golfenegocios.com.br publica o ranking sul-americano e mundial completos.

O principal circuito profissional brasileiro, o Champion Golf Tour, significou a aliança dos patrocinadores Mercedes-Benz, Vivo e Samsung, em torno da idéia do empresário Werner Bretthauer da Golf4All de proporcionar eventos ao longo do ano para os profissionais além de propiciar oportunidades de marketing de relacionamento e exposição de marca para grandes empresas. A revista Elite o classificou entre os “visionários do golfe” numa matéria dedicada ao esporte não olímpico.

A segunda etapa do CGT2008 será no São Fernando Golf Club, na localidade paulista de Cotia, São Paulo, de 13 a 16 de agosto. A segunda etapa Mercedes-Benz do Champions Golf Tour distribuirá R$ 100 mil em prêmios, com uma bolsa de R$ 25 mil para o vencedor. Participarão do torneio os 33 classificados do ranking brasileiro profissional, além de 15 profissionais do exterior.

Na primeira etapa do CGT2008, no Itanhangá, no Rio de Janeiro, o vencedor foi o colombiano Eduardo Herrera e o brasileiro Ronaldo Francisco ficou como vice-campeão. Entre outros profissionais que participarão na etapa figura Philippe Gasnier que classificou para jogar o U.S. Open 2008.

Durante os quatro dias do Champions Golf Tour, imagens de diferentes setores do campo e da sede serão acompanhados pelo sistema desenvolvido pela Securus Brasil, empresa de segurança eletrônica, que fará a monitoração eletrônica do evento. Na sexta-feira haverá um Pro-Am e no sábado a última jornada dos profissionais. No sábado haverá a classificatória por convite para o Mercedes Trophy 2009, que selecionará os amadores brasileiros para a final regional da América Latina.

Outra montadora alemã está ativa no golfe brasileiro. A BMW realizou a primeira etapa brasileira do seu tradicional torneio internacional, no clube Ipê, de Ribeirão Preto. Os finalistas amadores brasileiros disputarão no Terravista Golf Club, na localidade baiana de Trancoso, vagas para representar o país na final mundial do torneio, que acontece em novembro na Argentina.

Os amadores mostraram determinação na recente etapa do CEG realizada na Fazenda da Grama, na região paulista de Vinhedo, desafiando a chuva durante cinco horas. Sem se incomodar com a água, Roberto Gómez, que representou o Brasil em 12 mundiais, conseguiu anotar um excelente escore de uma tacada abaixo do par do campo, o melhor gross do torneio. O piloto Rubens Barrichello provou que alem de ser bom na chuva com o volante de F-1 é também bom com os tacos ao vencer na sua categoria com handicap.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A passagem da Nick Faldo Series pelo Brasil deixou um modelo completo de instrução de golfe ao nível de excelência, com a juventude como alvo final e os professores como setor prioritário a ser cuidado.

É um circuito sem fins lucrativos criado pela empresa do astro britânico Nick Faldo para divulgar e melhorar a prática de golfe. O circuito chegou ao Brasil de mãos de Michael Nagy com a Golf Brazil Corporate e com o decisivo apoio da TAP Portugal, CBG, FGERJ, entre outros.

O primeiro torneio da Faldo Series realizado no Brasil, no Itanhangá do Rio de Janeiro, tradicionalmente receptivo as boas iniciativas para o golfe, teve como campeões a Giordano Junqueira e Karina Palmberg, que disputarão a final mundial, na Bahia, em Outubro, junto a jovens de outros 20 países. Todos os participantes e seus instrutores participaram de clínicas de aperfeiçoamento.

Sem instrução de primeira linha dificilmente surgem jogadores de primeiro nível. A equipe internacional veio a instruir principalmente aos instrutores. Keith Wood é coach de Nick Faldo e figura entre os melhores 25 instrutores de golfe da Europa. No Brasil trabalhou duro junto ao preparador de atletas norte-americano Joe Eischen, que coordena o programa de reabilitação e alto desempenho do Centro de Medicina Esportiva Mayo.

Wood e Eischen entendem que é indivisível a parte técnica da física e que cada golfista deve ser trabalhado em conjunto por profissionais de ambos setores como peça única. Por exemplo, para proteger um joelho machucado pode ser obrigatório mudar a trajetória do taco. As diferentes características físicas obrigam a montar swings a medida. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

Para corrigir uma falha aparentemente técnica o local certo pode ser o ginásio. O golfe exige condicionamento atlético dirigido, com músculos abdominais e da região lombar tonificados. Uma bola com slice ou curva para a direita tal vez seja resultado de musculatura pouco trabalhada. A convivência permanente com a ética e a educação para os jovens golfistas integra a base da instrução.

No ranking de excelência na instrução de golfe, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, África do Sul, Suécia, Espanha e Argentina ocupam, nessa ordem, as primeiras posições mundiais. No ranking mundial de jogadores, entre os primeiros 30 classificados figuram 8 jogadores de Estados Unidos, 5 da Austrália, 4 de Inglaterra, 3 da África do Sul e 2 da Espanha, Suécia e Argentina. Pura coincidência? Não.

Na Fazenda da Grama, em Itupeva, SP, o CEG realiza sua 5ª etapa na sexta-feira dia 8. A Quinta da Baroneza recebe no Sábado o One Day Event, evento beneficente para captar recursos para a Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha. O clube Santos São Vicente realizou o seu tradicional e animado Aberto.

Os melhores profissionais brasileiros e 15 de outros países sul-americanos participarão da segunda etapa da Champions Golf Tour, que será realizada de 12 a 16 de agosto, no clube São Fernando. O principal circuito profissional do Brasil, com o patrocínio principal de Mercedes-Benz, Vivo e Samsung, deverá ganhar ainda maior peso e abrangência, disse Werner Bretthauer, presidente da Golf4All que organiza o Tour.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A vontade própria da bola

A pequena bolinha de golfe tem vontade própria defendem alguns praticantes. Depois de assistir a dois recentes shows de sistemática desobediência por parte de uma mesma bola com o mesmo jogador, nos campos do Guarapiranga e Vista Verde, devemos concordar com a polemica tese.

No primeiro campo a beira da represa, a bola chegou a entrar no buraco em duas oportunidades e saiu dele contrariando as leis da gravidade e outras de física. Também rodou no buraco não caiu em outras três ocasiões. No campo de montanha do Vista Verde a bolinha equilibrou-se para não cair nos dois primeiros buracos levando ao já traumatizado jogador a perder a fleuma. O jogador tomou a decisão de perder intencionalmente a bola rebelde tentando uma tacada impossível no buraco três, um par quatro de 300 metros em pronunciada descida.

O jogador do case sabia que carecia da potência para chegar ao green numa só tacada nesse buraco de par quatro nem que a descida encurtasse a distancia real. Calculou e anunciou aos companheiros que poderia atingir como máximo o córrego que corre antes do green para se desfazer da caprichosa bola. Tomou o driver e deu uma bela tacada. A bola percorreu 270 metros e ia mergulhar no córrego. A bola preferiu bater no corrimão da pequena ponte de madeira que atravessa o córrego e chegou na banca de areia junto ao green. O jogador saiu de banca e embocou o putt para birdie. O jogador era apenas um largo sorriso sob o bonê. Após a façanha, não se desfez da bola problemática. A bola não confiável continua com o jogador, numa inacabada relação de amor e ódio.

Uma excelente combinação entre negócios, esporte, turismo e lazer é o Brasil Golf Show. São quatro dias de intenso networking longe do trânsito, da poluição, da rotina estressante, agenda sobrecarregada de compromissos. Uma imersão no mundo do golfe. O evento será realizado este ano de 24 a 27 de setembro na Costa do Sauípe, Bahia.

Fabio Mazza, diretor da Golf Travel, esclarece que o evento não é uma feira de golfe, porem uma oportunidade para os integrantes do mundo do esporte se encontrarem e se relacionarem em um ambiente amistoso e descontraído. “O encontro propicia novos contatos e a identificação de oportunidades comerciais. Também é uma ocasião para aprender, ensinar, compartilhar experiências, jogar muito golfe e realizar excelentes negócios”, disse o promotor. Damos fé de ser uma agradável experiência. Os participantes poderão jogar nos campos do Sauipe Golf Links e o Iberostar Praia do Forte Golf Club.

Também na Bahia, será a Nick Faldo Series Grand Final, de 25 a 31 de outubro na Costa do Sauipe, anunciou o astro profissional britânico e construtor de campos de golfe. Nesta semana se realiza a final sul-americana do circuito mundial de golfe juvenil no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro. A Faldo Series, que não tem fins lucrativos, realiza 30 torneios por ano ao redor do mundo inteiro e reúne 1.200 dos melhores golfistas masculinos e femininos de 11 a 21 anos do planeta.

Em São Paulo, uma atividade que inclui golfe para fidelizar clientes e unir equipes de trabalho é aplicado com sucesso no elegante campo executivo do Hotel Transamérica, vizinho ao Centro Empresarial São Paulo por especialistas das firmas Selva Aventura e Golf e Negócios. O programa inclui os principais elementos da capacitação e superação executivas, psicologia, fisiologia, com a introdução ao esporte. Os participantes saem com uma idéia clara do que é o golfe e o que o esporte pode representar para os seus negócios e carreiras, além de melhorar o seu relacionamento.

Ricardo Faro, que administra o campo vizinho a Ponte Transamérica e ao Centro Empresarial São Paulo, disse que a atividade possibilita transmitir toda a experiência de anos de trabalho de capacitação executiva com esporte “num ambiente agradável e descontraído como poucos”. O programa, detalhado no portal www.golfenegocios.com.br , inclui palestra introdutória, aulas técnicas e competições lúdicas no campo e as vezes conversas com bolas rebeldes.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Determinação faz a diferença

A determinação faz a diferença. Recentemente participamos de um treino especial para desenvolver superação entre executivos e esportistas.
O treino foi de arvorismo a 20 metros de altura, equilibrados em cabos de aço esticados entre árvores centenárias. O foco para a prática do putter ajudou muito, enxergando apenas o cabo de aço era a linha por onde transitávamos, sem prestar atenção aos detalhes secundários, como o distante chão duro. A concentração antes de executar um drive permitiu dar os passos cadenciados afastando todo pensamento negativo. A determinação faz a diferença para chegar ao fim. O instrutor Ricardo Faro de Selva Aventura conhece bem e relatou casos fascinantes de executivos e esportistas perante grandes desafios. Porém o gigantesco exemplo do ano de determinação foi o de Tiger Woods, que ganhou o U.S. Open com um joelho convalescente de uma cirurgia e com fissura dupla por estresse na tíbia.
A diferença lograda no ranking após a sua 14ª. vitória em majors significa que mesmo sem jogar nos próximos seis meses não deixará de ser o número um.
“Estou jogando o U.S. Open e vou ganhar”, disse ao seu caddie mordendo os lábios, no primeiro dia do torneio que distribuiu U$ 7 milhões entre os melhores do mundo. Conhecíamos o seu talento, a sua concentração, a sua capacidade de jogar sob pressão. Nos temos a prova que a legendária determinação de Tiger Woods não conhece limites. O preço da glória foi alto. Para alguns médicos paulistas, especializados em lesões esportivas, o desgaste no joelho poderá derivar numa artrite e encurtar a sua carreira. Os médicos estimam que Tiger dificilmente manterá a qualidade atlética por mais cinco anos. O golfe sobreviverá sem esse ícone mundial que a cada aparição gera mais respeito. Com ele, o golfe chegou a um outro patamar.
O Champions Golf Tour no Brasil também levou o golfe profissional brasileiro para um outro patamar ao garantir várias etapas durante o ano, com prêmios razoáveis para os jogadores, com retorno de público seleto e mídia para os patrocinadores. O empresário Werner Bretthauer, da Golf4All, informou que a próxima etapa do circuito será disputada de 13 a 16 de agosto, no campo do São Fernando, na localidade paulista de Cotia. A primeira etapa foi no Itanhangá do Rio de Janeiro. No Champions Golf Tour participam jogadores do ranking brasileiro, classificados em eliminatórias e jogadores internacionais e três amadores convidados pelos patrocinadores, Mercedes-Benz, Vivo e Samsung.

No âmbito corporativo, a Etapa Furukawa do CEG será realizada na sexta-feira 11, no Vista Verde Golf Club, em Araçariguama com a participação de 100 jogadores. No sábado 12 no Portal Japy Golf Club, a Itograss reúne golfistas para um novo desafío. No Domingo 13, no mesmo Portal Japy se realiza a Sertã Golf Cup organizado pelo instrutor Juan Silva. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

Os melhores amadores participarão de 17 a 20 de julho do Campeonato Amador Brasileiro, com o patrocínio da Gillette. Os fairways receberam um cuidado extra, sob a orientação do reconhecido agrônomo, Daniel Tapia. O gramado do São Paulo Golf Club estará na sua melhor forma para a festa.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Palmas e mais palmas

Está para nascer um melhor jogador profissional de golfe do que Tiger Woods. As conquistas deixaram para trás qualquer polêmica. Esta semana Tiger sagrou-se campeão do U.S. Open, conquistou seu 14 major e chegou as 500 semanas consecutivas como líder do ranking mundial.

Fazia dois meses que não jogava torneios após uma operação cirúrgica no joelho esquerdo, que também o impediu de bater bolas durante seis semanas. Nada deteve a sua vitória entre os melhores do mundo, nem a falta de ritmo, a dor ou a brilhante atuação do veterano Rocco Mediate, com quem protagonizou um eletrizante desempate. O esforço para conquistar o U.S. Open custou caro a Tiger que terá de operar novamente o joelho e voltar a jogar somente em 2009.

Woods embolsou um cheque de mais de U$ 1 milhão como prêmio. Com o grande retorno de mídia para os seus grandes patrocinadores como Nike, Buick, Amex, Accenture, entre outros, avançou mais rapidamente para ser o primeiro esportista na história em chegar em 2009 a um bilhão de dólares ganhos entre patrocínios e prêmios. Para os amantes do golfe fica uma questão: como celebrar a próxima conquista de Tiger Woods quando as palmas doem de aplaudir e os bonés são pequenos para saudar tanto talento e determinação num só jogador.

O U.S. Open 2008 marcou o retornou de um profissional brasileiro em classificar para esse grande torneio. Foi o carioca Philippe Gasnier. Não brilhou porem cortou uma tendência de 41 anos e fez história.

Também histórico o anuncio da Mercedes-Benz do Brasil de formar a sua primeira equipe profissional de golfe. A equipe é integrada por 11 jogadores do Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Paraguai. Os três profissionais brasileiros são Rafael Barcelos, Ronaldo Francisco e Micky Cavalieri. Mais informações no portal www.golfenegocios.com.br

A apresentação foi durante a etapa inaugural do Champions Golf Tour, o maior circuito da história do golfe profissional brasileiro, no Itanhangá do Rio de Janeiro. No campo de jogo venceu o colombiano Eduardo Herrera, com o brasileiro Ronaldo Francisco como vice-campeão. A etapa que abriu o Champions Tour integrou as celebrações dos 75 anos do Itanhangá Golf Club. O tradicional clube carioca, e seu presidente Mauricio Memória, receberam os golfistas visitantes de braços abertos, além de brindá-los com uma renovada sede e o campo em forma.

O circuito, programado este ano com cinco etapas, conta com os patrocínios da Mercedes-Benz, Vivo e Sansung e a organização da empresa Golf4All. O vice-presidente regional de vendas da Mercedes Benz, Jens Insrang, o presidente da Vivo, Roberto Lima, e o vice-presidente executivo da Samsung, José Roberto Ferraz, apresentaram o circuito para imprensa especializada no Grand Hyatt São Paulo.

Além das patrocinadoras principais, a etapa inicial do Tour teve o apoio da Gol, Gazeta Mercantil, Hotel Promenade, Peroni Buffet e Golf e Negócios. O empresário Werner Bretthauer da Golf4All informou que a segunda etapa será realizada em agosto em São Paulo. “Após o sucesso da etapa inicial estamos certos que outras grandes empresas se unirão ao Champions Tour”.

No terreno amador, na Sexta-feira, a Câmara Argentina de Comercio promove a Taça Amistad, organizada pela GT Eventos. O encontro será nas Terras de São José, em Itu, outro dos bem cuidados cenários de golfe de atualidade. Na semana próxima os destaques são o Aberto de Itu, em Terras de São José e o II Festival de Golfe do Novo Frade, em Angra dos Reis.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Champions Golf Tour

Nada será como antes no golfe brasileiro com a abertura de um circuito profissional, o Champions Golf Tour, que além de distribuir bons prêmios incentivou a união de grandes empresas em prol do desenvolvimento do esporte, patrocinando mais torneios e jogadores.

“O golfe brasileiro precisa dos profissionais e de ídolos para crescer”, definiu Jens Israng, diretor de vendas para America Latina da Mercedes-Benz no coquetel de lançamento do circuito com a imprensa especializada. Roberto Lima, presidente da Vivo destacou que o patrocínio da empresa é realizado “fundamentalmente com o propósito de contribuir com o crescimento do golfe, como compromisso com a comunidade”.

José Roberto Ferraz de Campos, vice-presidente executivo da Samsung, lembrou que a plataforma esportiva é de grande importância para o crescimento da marca e que a empresa continuará apoiando decididamente o esporte com a certeza de positivos frutos futuros.
As três grandes empresas se uniram para patrocinar a iniciativa do empresário Werner Bretthauer de criar o mais importante circuito profissional brasileiro da historia do golfe nacional. Foram previstas mais quatro etapas, alem da realizada no Itanhangá do Rio de Janeiro que celebra 75 anos de vida. A bolsa total de prêmios chega aos R$500 mil, com R$25 mil para o vencedor de cada etapa.

A etapa inaugural Mercedes-Benz do Campions Golf Tour, onde iniciaram a disputa 43 jogadores brasileiros e 15 do Exterior, teve co-patrocínio da Gazeta Mercantil e o apoio das Hoteis Promenade e Grand Hyatt São Paulo, além da CBG, FGERJ, FPG. A primeira etapa foi programada de 10 a 14 de junho. “Seguiremos conversando com outras grandes empresas para estender o circuito”, disse o empresário Bretthauer.

Mercedes-Benz programou para coincidir com o Champions Golf Tour o anuncio do patrocínio de vários golfistas profissionais, entre outros apoios ao golfe, como o torneio para amadores convidados Mercedes Trophy. A Vivo, por indicação do seu presidente, patrocina a Rogério Bernardo e está aberta para outros passos para fazer crescer o esporte.

Roberto Lima, quando presidia uma empresa de cartões de crédito anos atrás promoveu o Diners Golf Tour, primeiro circuito profissional do Brasil, de onde se projetaram jogadores como Philippe Gasnier, que participa esta semana do U.S. Open, o primeiro brasileiro em décadas em classificar para esse clássico mundial. Coincidentemente, uma profissional brasileira Maria Candida Hannemann também classificou para o U.S. Open Feminino, somando forças para o esporte nacional com a paranaense Angela Park.

Ricardo Rossi, um dos maiores golfistas brasileiros de todos os tempos, será homenageado na etapa System Marketing do Circuito Empresarial de Golfe, que acontece nesta sexta-feira dia 13 no Terras de São José Golf Club, em Itu (SP). Rossi, que nasceu em Buenos Aires e que supera uma longa doença com a mesma garra que caracterizou seu jogo, estará presente na abertura do torneio organizado pela Golf&Cia.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O Champions Golf Tour

A Mercedes Benz, Vivo e Samsung uniram forças para a realização do maior circuito profissional da história do golfe brasileiro, o Champions Golf Tour. A etapa inaugural será realizada de 10 a 14 de junho, no Clube Itanhangá do Rio de Janeiro que celebra seus 75 anos.

O empresário Werner Bretthauer, da Golf4All definiu o circuito como “um marco histórico para o golfe brasileiro e da América do Sul”, As outras etapas do Champions Golf Tour estão programadas de agosto a outubro em campos de São Paulo e Rio de Janeiro, disse o organizador.

O circuito distribuirá inicialmente R$400 mil em prêmios para os profissionais. O vencedor da etapa do Rio de Janeiro receberá R$25 mil da bolsa total de R$100 mil. Além dos integrantes do ranking profissional brasileiro participarão 15 profissionais do Exterior. O anuncio do Tour acontece quando pela primeira vez em décadas um jogador profissional brasileiro classificou para disputar o U.S. Open, o carioca Philippe Gasnier, que surgiu precisamente do Itanhangá.

A rodada final será no Sábado 14 entre os 18 primeiros classificados. Na sexta-feira 13, se disputará um Pro-Am. “Estamos certos que outras grandes empresas ficarão interessadas em participar no futuro do Champions Golf Tour porque se trata de uma ação única de relacionamento, comunicação e decisiva para o desenvolvimento do golfe brasileiro”, disse o diretor da empresa de marketing esportivo.

Também no Sábado 14 os amadores convidados da Mercedes Benz disputarão o Mercedes Trophy, que definirá os finalistas brasileiros para o Final Regional Latino-americana a ser disputada no Brasil. Os vencedores da Final Latino-americana ganharão o direito de jogar a Final Mundial do certame em Stuttgart, Alemanha.

A semana passada aconteceu a II Taça México de Golfe, uma realização da Associação Empresarial Mexicana e o Conselho de Promoção Turística do México. O evento beneficente em prol da escola municipal México reuniu no clube de Campo de São Paulo executivos golfistas e chamou a atenção para os destinos turísticos de golfe num clima de alta confraternização com música, bebidas e gastronomia típicas. Mais detalhes e imagens no portal www.golfenegocios.com.br

O patrocínio foi da FEMSA, MABE, BIMBO, Aeromexico, CVC, Embratel, Sucos del Valle, Rossini NHK e Hotéis Meliá com a organização da Golf4All. Outro torneio beneficente foi patrocinado pela EMS no São Paulo Golf Club em prol da Associação “Obra do Berço”.

Outro grande torneio beneficente acontece esta semana, o tradicional Duke Energy Golf Cup na Fazenda da Grama. Os jogadores e a patrocinadora do evento colaboraram com a Associação de Assistência à Criança Deficiente AACD.

“A realização do torneio permite grande interação entre os participantes, reforçando, ainda mais, o conjunto de ações de marketing de relacionamento realizadas pela empresa”, afirmou Alcides Casado, Diretor Comercial da Duke Energy e anfitrião do torneio.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

A atração da classe média

Para popularizar a prática do golfe, o presidente da Federação Portuguesa de Golfe afirma que “é preciso baixar os preços”. A velha e efetiva receita da Mãe Pátria vale para alguns campos onde ainda se prefere a melancólica visão dos gramados sem jogadores a uma redução do valor do green fee.

Manuel Agrellos, presidente da FPG, afirma que só baixando os preços das voltas de golfe é possível tornar este esporte mais praticado entre os portugueses, já que estrangeiros não faltam nos campos lusitanos. “Entram mais de 400 mil turistas em Portugal para jogar golfe”, disse Agrellos, lembrando também as verbas geradas diretamente e indiretamente somam cerca de E$ 1,8 bilhões, excluindo os investimentos imobiliários com campos de golfe. Em Portugal estão registrados 15 mil jogadores portugueses.

“Quem populariza as modalidades e lhes retira o elitismo são sempre as classes médias”, pelo que os preços se devem adaptar a esta, disse Agrelos durante o Portugal Golf Show, no Centro de Congressos de Lisboa, onde também participou a Embratur e o Bureau Brasileiro de Turismo de Golfe.

Também tem razões financeiras a atual pressão sobre o Comitê Olímpico Internacional para incluir o golfe nas Olimpíadas de 2016. A inclusão do golfe nas Olimpíadas possibilitaria o aumento do financiamento governamental que a modalidade receberia em cada país. Mais informação sobre o tema no portal www.golfenegocios.com.br

A mexicana Lorena Ochoa acumulou U$12 milhões na sua carreira profissional na LPGA. É a jogadora numero um do ranking mundial. Foi indicada como atleta do mês nos Estados Unidos. Entre vitória e vitória, preparou uma mensagem especial para os participantes da II Taça México que se realiza esta semana no Brasil, e que arrecada verbas para a Escola Estadual do México que abriga mais de dois mil alunos carentes na Vila Dionísia, em São Paulo.

O clube de Campo foi também recente cenário de dois grandes torneios o beneficente V Instituto Ronald McDonald e o organizado para homenagear médicos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Após o Aberto do Rio de Janeiro que foi vencido pelo profissional gaúcho Vinicius Muller e escoltado pelo paulista Fabiano dos Santos, é aguardado para os próximos dias o anuncio de um importante circuito profissional.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O agito imobiliário

O golfe transformou-se num fenômeno econômico intimamente ligado a atividade imobiliária no mundo e atualmente no Brasil assistimos à adaptação de empreendedores e empresas construtoras a essa nova realidade.

A inícios da década dos noventa apenas existiam 200 campos de golfe na Espanha. Hoje existem 270 em funcionamento e mais de 200 projetados. Complexos residenciais, hotéis e resorts acompanham esses campos em 70% dos casos. Em Málaga, na Costa do Sol ou Costa do Golf a indústria imobiliária com golfe significa uma movimentação de mais de 800 milhões euros ou mais de R$2 bilhões por ano.

Na Argentina o boom do golfe foi impulsionado a proliferação de campos dentro de condomínios residências. No Brasil existem hoje mais de 40 projetos imobiliários com campos de golfe, principalmente no litoral do Nordeste e interior de São Paulo e Paraná. O primeiro campo de golfe do Ceará está inserido no empreendimento luso-brasileiro Aquiraz Riviera, onde figuram 8 Hotéis, um centro comercial, 650 lotes uni familiares e 1050 aptos. O investimento total é de cerca de U$ 300 milhões.

Nos empreendimentos com golfe, as moradias são valorizadas pela sua posição em relação a locais especiais do campo. Uma moradia num ponto estratégico, como frente a um lago ou um green pode significar um valor agregado de 50% a 100%, um mecanismo de valorização impensável até poucos anos atrás. Mas informação no portal www.golfenegocios.com.br

O Sant´anna Golf Club, na cidade de Amparo no interior paulista, finalizou as obras do seu Club House. O campo de nove buracos num belo vale e vizinho ao hotel de cinco estrelas que dá o apoio, está sendo concluído por Sebastião Neres da NGA Golf. Sebastião foi responsável pela execução do campo do Damha, idealizado por Ricardo Rossi e também cuida da reconstrução do Búzios Golf & Country Club, além de ser responsável pelo campo de Itu. O promotor do Santánna Golf Club, Roberto Toledo, disse que a data da inauguração do campo está próxima.

A atração do golfe também está mudando parâmetros no marketing. Para a Mercedes-Benz o enfoque é menos tênis e mais golfe. Segundo Jens Israng, diretor de vendas e pós-vendas da marca para a América Latina “há, de fato, uma tendência mundial de investir mais no golfe e diminuir um pouco o investimento no tênis”.

A BT, líder mundial no fornecimento de soluções convergentes para comunicação corporativa, iniciou patrocínios no golfe brasileiro. A empresa inicialmente apóia o circuito empresarial e poderá dar novos passos no mundo do golfe. A empresa opera a mais de 40 anos na América Latina. O Brasil é à base de um dos quatro centros de operação global da BT, desenvolvidos e capacitados para receber projetos de offshoring.

Com o patrocínio é do Diners Club, co-patrocínio da Contax e o apoio da Gazeta Mercantil, entre outros, o primeiro grande torneio com profissionais da temporada será o Aberto do Estado do Rio de Janeiro a ser realizado de 20 a 24 de maio, no campo do Gávea.

Nesta semana, se realiza o IV Instituto Ronald McDonald Invitational Golf Cup, programado no Clube de Campo de São Paulo. Parte da renda foi destinada à construção da unidade de internação onco-hematológica pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz decidiu investir no marketing de classe profissional ao patrocinar um torneio reservado apenas para médicos golfistas. O evento, com apoio de Unibanco, SulAmérica e Qualicorp e a organização de Golfe & Cia, foi programado para 16 de maio no Clube de Campo de São Paulo. A iniciativa foi de Klaus Behrens, diretor do conceituado hospital de São Paulo, numa amostra que o golfe penetra em novas áreas.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Homenagem a Japão

A homenagem do golfe brasileiro aos 100 anos de imigração colônia japonesa marcou a temporada, quando mais de mil jogadores competiram simultaneamente em vários campos para lembrar a contribuição nipônica.

Mais de 3.600 golfistas no Brasil são japoneses ou descendentes, ou aproximadamente um em cada oito jogadores. A longa lista de premiados nos torneios comemorativos com nomes ocidentais mostrou o excelente convívio no mundo do golfe entre pessoas de todas as origens geográficas e o respeito a contribuição da colônia Nikkei.

No Oriente, China abriu forte para o golfe. Gran China Air será o patrocinador máster do primeiro evento do circuito profissional norte-americano feminino de golfe LPGA em território chinês. O torneio será realizado em outubro, no Haikou West Golf Club, em Haikou, com uma premiação total de US$ 1,8 milhão. A atual líder do ranking da LPGA é a mexicana Lorena Ochoa.

A estrela mexicana do golfe profissional mundial preparou uma mensagem e prêmios especiais para os participantes da copa México, que promovem o Conselho de Promoção Turística do México e a Associação de Empresários Mexicanos. O evento a ser realizado em São Paulo a fins de maio reúne fundos para a escola publica México que conta com 2.100 estudantes.

Femsa é uma das patrocinadoras do torneio. Outras empresas que apoiam são Mabe, Bimbo, Aeroméxico, CVC Turismo, Sucos Del Valle, Embratel, Rassino NHK e Hotéis Meliá. Os vencedores da II Copa México receberão prêmios de estadias em resorts de Los Cabos, Cancún e Puerto Vallarta. Ernesto Silva, presidente de Femsa, Guillermo Hidaldo do Consejo e Jans Kinzek de Associação empresarial participaram do almoço de lançamento do torneio que organiza Golf4All.

O presidente da Femsa, que aprovou pessoalmente o patrocínio do evento, disse a este colunista que a cerveja Sol e as outras marcas cervejeiras do grupo já ocupam 10% do mercado brasileiro, o que “superou nossas expectativas iniciais”. Na contramão, a marca Skol retrocedeu na simpatia dos golfistas após veicular recentemente um anúncio pela TV onde o golfe é mostrado como um jogo monótono e de velhos chatos, uma mensagem preconceituosa e distante da realidade. Mas informações sobre a disputa das cervejas no golfe no portal www.golfenegocios.com.br

Alex Lemes de 15 anos, se auto-penalizou ao perceber que tinha um taco mais dos 14 permitidos na bolsa. Era candidato ao título no recente Aberto Sul Brasileiro no Porto Alegre Country Club, que perdeu pelas quatro tacadas de penalidade recebidas. Foi muito aplaudido. Explicou que apenas respeitou as regras de um jogo fascinante com ativa agenda.

Na recente festa do II Aberto da Fazenda da Grama, Aloísio Araújo foi anfitrião impecável. No evento, a Sony Vaio ingressou como patrocinador no golfe brasileiro. O executivo Francisco assegurou que durante o ano serão desenvolvidas outras ações com golfe. A Land Rover também prestigiou o evento, organizado pela Briquet. A Gant, uma marca internacional de roupas que está desembarcando no Brasil, vestiu os participantes do torneio.

Após o interessante torneio da ABGS em Comandatuba, a agenda do golfe continua lotada. Amanha sexta-feira, a etapa BT do Circuito empresarial promete muita disputa no campo do Guarapiranga e em 14 de maio, o IV Invitational Instituto Ronald McDonald unirá novamente golfe e beneficência.

* Guillermo Piernes é consultor, palestrante e escritor. Colunista da Gazeta Mercantil e Golf Digest. Autor de Liderança e Golfe.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

O taco e o auto-conhecimento

A experiência de pegar pela primeira vez no taco coloca o esporte como excelente ferramenta de capacitação e do auto-conhecimento de executivos.

Participamos da convenção anual de uma importante empresa multinacional, da área de fertilizantes, que fatura anualmente U$60 bilhões. Eram 60 gestores e 140 representantes comerciais lidando com o tema Crescimento e Liderança e experimentando pela primeira vez do golfe. Enfrentaram com seriedade e paixão o novo desafio.

Todas as facetas da atividade corporativa ficaram mais claras após o exercício com golfe, que incluiu palestras deste especialista e gincanas especiais da promotora Pethy Mattos. Para bater bem na bola de golfe ou conduzir uma empresa é necessário uma grande dose de humildade, preparação e foco. Para ser um bom vendedor é fundamental manter o equilíbrio emocional e colocar a perseverança como valor fundamental, assim como no golfe.

Para gestores e representantes comerciais de ponta, a ética é um principio inegociável, como no golfe. Os depoimentos foram muitos e incontestáveis. Para esse representativo grupo de executivos ficou provado que a paixão é também mola principal para um bom trabalho. Para destacar-se no jogo e na vida corporativa deve se amar o que se faz. Nada de referencias a guerra, onde vale tudo. A vida corporativa é um jogo serio, com muitas regras de conduta, longe da atividade bélica sem lei. Mais detalhes no portal www.golfenegocios.com.br

A Mosaic prepara os seus executivos para um jogo difícil, competitivo, longo, difícil, sério, ético e responsável. O alto faturamento da empresa não é sorte. Como no golfe, os bons resultados corporativos são conseqüência de uma boa estratégia.

O evento corporativo também possibilitou jogarmos novamente no campo do Paradise Golf Resort, de Mogi das Cruzes. O campo da família Hori está num dos seus melhores momentos históricos, com um esmerado cuidado, extensivo ao hotel. O atendimento aos golfistas a cargo de Alexandre Silva e do profissional Marcos Pedro mostraram também ser impecável.

Foi uma semana em grandes campos. Em São Carlos participamos do I torneio de Duplas do Damha Golf Club, organizado pela GT Eventos. É difícil imaginar um campo com melhores cuidados e uma atenção mais encantadora. Carlão Gonzalez, o presidente do clube, está empenhado para que o Damha seja também centro de excelência na preparação de novos jogadores de golfe.

Apenas a 32 quilômetros do Damha fica o campo da Fazenda São José ou Broa, da família Arruda Botelho. O campo privado está aberto para visitantes. É lúdico ficar na pousada do Broa ou num hotel de São Carlos e jogar nos dois campos próximos. O responsável pelo campo, Renato Santos Chaves, é outro exemplo de atenção calorosa e eficiente. A Greenleaf Gramados plantou o primoroso gramado. Os golfistas têm assim um novo destino turístico de golfe no centro do estado de São Paulo.

No golfe não contabilizamos apenas birdies e pares. Uma liminar aprovada por um juiz de Campo Limpo congelou o direito da atual administração de continuar operando o campo de golfe do condomínio Champs Privé. Os diretores do Champs Privé Golf Club aguardam que nos próximos dias a medida seja revista em definitivo no fórum de Santo Amaro.

Coluna de Golfe – Guillermo Piernes

Avalanche de novidades

A Nick Faldo Series, um programa mundial beneficente de incentivo a jovens talentos do golfe, chega ao Brasil no meio de uma avalanche de novidades nas diferentes áreas do esporte e suas atividades econômicas.

“Estamos também convencidos de que o resultado da Faldo Series será crucial em tornar o golfe mais acessível a mais jovens na América do Sul”, disse Michael Nagy, da Golf Corporate Brasil, responsável pela Faldo Series South America que acontecerá de 28 de julho a 1º de agosto no Itanhangá Golf Club, do Rio de Janeiro, com mais de 100 jogadores sul-americanos, A supervisão técnica será da FGERJ e a CBG.

A Faldo Series, que não tem fins lucrativos, realiza 30 torneios por ano, reunindo os 1.200 melhores golfistas masculinos e femininos de 11 a 21 anos do mundo. Apenas 60 jogadores se qualificam para a final que este ano será realizada na Espanha. O evento “vai ajudar a chamar a atenção para o golfe brasileiro e sul-americano no mundo todo”, disse Álvaro Almeida, presidente da CBG.

“Essa iniciativa é de fundamental importância para desenvolver o golfe juvenil e infantil brasileiro, que é de onde sairão os futuros campeões”, disse J.J. Barbosa, vice-presidente técnico da CBG. O circuito de golfe juvenil acontece há 12 anos no mundo todo. O Brasil será sede da Faldo Series South America pelos próximos cinco anos, informou Nagy.

No campo do Itanhangá do Rio de Janeiro, que celebra este ano 75 anos de fundação, será dada a partida da serie de torneios com profissionais patrocinada pela Mercedes- Benz. A etapa do Rio e Janeiro será realizada de 11 a 14 de junho, informou o promotor Werner Bretthauer, da Golf4All. Outro evento de ponta será este ano o Campeonato Amador Brasileiro da CBG, no São Paulo Golf Club, com o patrocínio da Procter & Gambler.

Sol Meliá Hotels & Resorts começa em julho a construção do complexo turístico e imobiliário Guarajuba-Bahia, em Camaçari. Luis Calle, vice-presidente de marketing da cadeia hoteleira, fez o aplaudido anuncio durante a etapa inicial do circuito empresarial de o golfe, no Clube de Campo de São Paulo.

A rede opera no Brasil um resort em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e além do empreendimento baiano planeja a construção do complexo turístico e imobiliário Jacumã Beach Resort no Rio Grande do Norte dentro dos planos de manter a liderança como a maior cadeia de hotéis e resorts de lazer e negócios no mundo.

A Bahiatursa fechou uma parceria com a Federação Baiana de Golfe para que os resorts e campos filiados exponham conjuntamente seus produtos para 300 operadores e agentes turísticos internacionais, na próxima semana em Salvador, pelo entendimento entre os titulares da Bahiatursa, Emilia Silva, e da Federação Baiana, Luiz Cingolani.

Em São Paulo, a Federação Paulista de Golf lançou com festa a campanha publicitária para incentivar o aprendizado do golfe, que utiliza imagens de astros do esporte como Pelé, Hortência e Rubens Barrichello, iniciativa do Presidente Marcio Mello e do Diretor de Marketing Jurandir Silva, apoiada por importantes veículos de comunicação. O Secretario de Esportes de São Paulo Claury Alves da Silva prestigiou o evento.

Houve também celebração por parte da empresa de tecnologia KYP pelo patrocínio do Ronaldo Francisco, numero um dos golfistas profissionais brasileiros reunindo num animado coquetel a dirigentes, empresários, jogadores e comunicadores. O líder do ranking nacional brasileiro disputa este mês torneios profissionais no Chile.